IVONETE DONATTI DE MEDEIROS A ARTISTA PLÁSTICA QUE SE INSPIRA NA NATUREZA

IVONETE DONATTI DE MEDEIROS A ARTISTA PLÁSTICA QUE SE INSPIRA NA NATUREZA

Ivonete Donatti de Medeiros nasceu em Francisco Beltrão em 06 de janeiro de 1969. Filha de Fernande Donatti e Olga Michellin Donatti, casada com Claudemir de Medeiros e mãe de Sabrina. Ivonete é formada em pedagogia pela Unopar.

Quando Ivonete era criança ficava vendo suas irmãs mais velhas pintando e desde cedo gostava da arte. Margarete a irmã mais velha pintava panos de prato com tinta e Clarice pintava desenhos em papel com lápis de grafite. Aos nove anos inspirada nas irmãs, Ivonete começou a se interessar por pintura, aos poucos começou a pintar e Margarete acabou se dedicando a outras atividades. Anos depois Ivonete se tornou a pintora da família e hoje as três irmãs pintam juntas, Margarete e Clarice fazem aulas no atelier de Ivonete. Além delas, a outra irmã Salete também se juntou às aulas de pintura.

Ainda na escola ela se tornou a desenhista da turma, já que os colegas pediam desenhos em seus cadernos. Ivonete lembra que o avô Guerino costumava pintar os tradicionais quadros de família que era feitos a partir de fotografias. “A arte já vem de família e eu sempre gostei de pintura, além do dom natural estudei muito e sempre estou me atualizando, pois a arte vai se renovando constantemente”, conta Ivonete.

Com o passar dos anos as pessoas começaram a gostar das pinturas de Ivonete e algumas pessoas lhe pediram para ensinar a arte. Na época ela já estava casada e resolveu se aperfeiçoar para dar aulas. “Eu fui fazer um curso em Pato Branco com a professora Jurema Edi Pereira. Quando cheguei lá pensava que sabia pintar, porém percebi que tinha muito para aprender, o curso me abriu os olhos e eu fiquei aprendendo com ela durante cinco anos. Aprendi pintura em tela, tecido, porcelana, madeira, vidro, enfim diversos materiais. Neste meio tempo tive minha filha Sabrina e continuava indo para Pato Branco estudar pintura, por causa do curso aprendi a dirigir e tirei habilitação e já tinha alguns alunos aqui em Beltrão em 1989 abri meu atelier”, relata a pintora.

Ela trabalhava com pinturas por encomenda e dava aulas de pintura para alunos de várias idades e de toda a região. Ivonete já teve alunos de quatro ou cinco anos e a mais idosa com 80 anos. Dona Elide de Carli começou fazer aulas aos 78 anos de idade e aos 80 teve que interromper o curso em virtude da pandemia do coronavírus. “Dona Elide começou fazer aulas para passar o tempo e se distrair e encontrou um talento que ela desconhecia. A exemplo dela eu tive muitos alunos que vieram para o atelier com o objetivo terapêutico e alguns deles descobriram um grande talento. A arte é uma ferramenta terapêutica e tem ajudado muitas pessoas. Tenho muito orgulho dos meus alunos especialmente dos que resolveram seguir a carreira artística”, diz Ivonete.

Ivonete cursou a faculdade de pedagogia com o objetivo de ter uma formação superior, ela nunca trabalhou com a pedagogia, mas com o conhecimento adquirido na universidade acaba tendo mais facilidade de trabalhar com as crianças em seu atelier. Ela já recebeu várias premiações em concursos de artes plásticas, exposições e eventos e já trabalhou com diversos materiais, há oito anos começou a trabalhar com aquarela. Ivonete não se considerava uma artista, para ela o importante era a sua arte e ela fazia por amor a pintura. “A pintura não era um trabalho para mim, sempre foi uma diversão, uma paixão, aos poucos percebi que me divertia enquanto trabalhava e já faz 32 anos que tenho realização profissional”, enfatiza a artista.

A arte proporcionou para Ivonete a vontade de conhecer lugares bonitos como os Jardins de Monet, em Giverny, na França e o Museu de Van Gogh em Amsterdã, que são inspirações para ela e a deram um novo olhar para a arte. Para ela a arte é a essência de sua alma, a sua maior inspiração é a natureza e tudo de belo que ela vê sente vontade de pintar. “Meu trabalho nunca foi um sacrifício, pintar sempre foi uma diversão, uma brincadeira e eu ainda ganho para isso”, brinca Ivonete.

Ivonte aconselha as pessoas que pensam que não conseguem desenvolver alguma atividade artística que ela deve tentar. “Quando gostamos de algo devemos tentar, nos dedicar. O segredo para conseguir é ter vontade, dedicação e deixar a alma mostrar o verdadeiro talento. Cada um tem um talento nato e basta desenvolvê-lo”, finaliza a pintora.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é















 

 

FRANCISCO DE ASSIS HOLANDA FÉLIX LOPES TEVE A VIDA TRANSFORMADA PELA MÚSICA

FRANCISCO DE ASSIS HOLANDA FÉLIX LOPES TEVE A VIDA TRANSFORMADA PELA MÚSICA

Francisco de Assis Holanda Félix Lopes nasceu no dia 06 de junho de 1983 em Mulungú Ceará. Filho de Joana Holanda Felix Lopes, casado com Luciane Maria Andreghetto e pai das gêmeas Ana Laura e Ana Luisa. Francisco é bacharel em música no instrumento Oboé formado pela Unespar-Embap (Escola de Música e Belas Artes do Paraná). Ele é músico instrumentista e professor de Oboé, clarinete, saxofone, flauta transversal e flauta doce.

Dona Joana era uma senhora muito simples e de família humilde, não foi alfabetizada e trabalhava para sustentar a casa e sete filhos, Francisco era o filho do meio e não gostava de estudar. A mãe, por não ter conhecimento não tinha condições de incentivar os filhos sobre a importância de estudar. Francisco era um menino que brigava muito na escola e aos 11 anos estava cursando a 2ª série primária. “Minha mão dizia que eu só sabia brigar e ia para escola por causa da merenda, tínhamos uma condição financeira muito baixa e nos alimentávamos na escola, minha mãe temia meu futuro”, emocionado relata Francisco.

O menino gostava de assistir as apresentações da banda da cidade de aconteciam nos festejos do padroeiro e o saxofone. Aos 12 anos Francisco teve a oportunidade de aprender a tocar um instrumento. Frei Wilson, padre que comandava um projeto social em Fortaleza foi convidado para conhecer crianças talentosas em Mulungú. Ele selecionou crianças para participar do projeto, mas para participar, estas crianças teriam que dar continuidade aos estudos regulares. “Eu vi uma oportunidade de sair da minha cidade e fazer algo na vida, eu não queria mais ficar lá naquela vida pobre e percebi que precisava mudar meu destino. Fui selecionado e me mudei para Fortaleza, comecei a estudar e fazer aulas de trompa, pouco tempo depois aprendi clarinete. A música despertou algo dentro de mim e minha vida se transformou,

terminei os estudos e depois de quatro anos comecei a tocar Oboé, minha paixão”, enfatiza o professor Francisco.

No ano 2000 ele foi morar em Minas Gerais para dar aulas em um projeto de musicalização infantil nas cidades de Belo Horizonte e Ribeirão das Neves. Na musicalização o professor utiliza a flauta doce para começar ensinar as crianças, por se tratar de um instrumento mais acessível financeiramente e com uma didática de fácil compreensão. O músico fez parte de um quarteto de flautas doces durante os dois anos que trabalhou em Minas Gerais, e foi lá que teve a certeza de ter feito a escolha certa, seguir na música. De Minas, mudou-se para Brasília.

Em Brasília fez um aperfeiçoamento em oboé com o professor Kleber Lopes na Escola de Música da Brasília e teve aulas também com o oboísta da Orquestra Sinfônica de Brasília, José Medeiros. “Além de estudar dava aulas de musicalização e tocava na Orquestra Sinfônica de Brasília e na Orquestra da Escola de Ceilândia. Nesta época participei de festivais internacionais em Brasília e Fortaleza, Curitiba e Londrina onde tive a oportunidade aprender e tocar com grandes músicos. Fiquei em Brasília durante cinco anos e me mudei para Aracajú onde fui o primeiro oboísta na Orquestra Sinfônica de Sergipe”, conta Francisco.

No ano de 2007 e meados de 2008 permaneceu em Aracajú na Orquestra e em paralelo dando aulas de musicalização em Aracajú e Itabaiana. Em 2008 foi convidado pelo maestro José Nilo Valle para tocar na Orquestra Sinfônica de Santa Catarina, ele foi morar em Florianópolis. Lá conheceu o maestro Mauro Cislaghi e tocaram juntos também na Camerata de Florianópolis e na Orquestra de Jaraguá do Sul. Em 2009 Francisco prestou vestibular para a Faculdade de Belas Artes do Paraná e, após sua aprovação, foi morar em Curitiba. Enquanto cursava o ensino superior, Francisco atuou na Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa e no terceiro ano de faculdade passou na prova da Orquestra Sinfônica do Estado do Paraná. Durante os cinco anos que atuou como oboé/corne inglês solo, Francisco também participou como convidado, de apresentações na Camerata Antiqua de Curitiba, além de fazer parte do Quinteto de Madeiras “Sopro de Quinta”, junto com outros músicos da Orquestra.

Em paralelo, tornou-se membro do quinteto de sopro “Quinteto Jaraguá” em Jaraguá do Sul, criado pelo fagotista Joel Henquemaier, onde atua até hoje. “Viajei por muitos lugares, conheci o Brasil de ponta a ponta, fizemos turnês por São Paulo e Rio de Janeiro ao lado do Tenor Italiano Andre Bocelli. Viajei por todo o Paraná aprendi muito, conheci pessoas entre elas Luciane. Ela morava em Curitiba e tinha família em Beltrão, logo depois que as meninas nasceram nos mudamos para Francisco Beltrão”, ressalta o professor.

Em 2018 me inscrevi no processo seletivo simplificado (PSS) da prefeitura de Beltrão e comecei a dar aulas de flauta doce e musicalização nas escolas municipais da cidade. Em 2021 foi selecionado no PSS do departamento de Cultura e trabalha ao lado do maestro Nell Motta na banda municipal. “Quando decidimos nos mudar para Beltrão, pensando em proporcionar melhor qualidade de vida para as meninas eu resolvi fixar raízes. Como diz a música ‘aqui é o meu lugar, aqui eu vou ficar’, aprendi amar esta cidade e pretendo permanecer aqui”, diz Francisco.

Francisco fala que tudo que conseguiu em sua vida foi graças à música. Ele sempre se dedicou muito, pois ressalta que nenhum talento é suficiente se não tiver muito esforço e dedicação. “Quando cheguei na cidade de Fortaleza aos 12 anos precisei correr atrás para garantir a vaga na música, os alunos precisavam ter boas notas ou deixariam de fazer parte do projeto. Com a dedicação alguns alunos ganhavam uma bolsa que podíamos ajudar nossas famílias. Foi a música que me colocou na linha, ela me fez perceber que eu precisava mudar meu destino. Agarrei aquela oportunidade e dediquei minha vida à música, tudo que conquistei, quem me tornei foi resultado dessa dedicação”, finaliza Francisco.

 Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é















 

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