“Conhecendo o Artista como ele É”. LORENZO BORELLA DE SOUZA Produção de texto: July Ioris Autor Blogger: Gabriel Elvas #EquipeCulturaFB [Projeto Conhecendo o Artista como Ele é

LORENZO BORELLA DE SOUZA UM GAUCHINHO APAIXONADO POR VANEIRA

Lorenzo Borella de Souza nasceu em Francisco Beltrão no dia 19 de março de 2014. Filho de Jucelino de Souza e Tania Borella de Souza. Lorenzo mora no bairro Bom Pastor e aluno da Escola Municipal Maria Helena Vandresen, ele tem seis anos é cantor e estuda canto e teclado com Thaina Azzolini.

Desde bem pequeno gosta de música, aos dois anos já cantarolava com a avó paterna Carmelina, a avó sempre gostou de cantar, costumava cantar com o esposo seu Antônio e convidava Lorenzo para cantar junto. Ele mal sabia falar e já cantarolava com dona Carmelina as músicas de Os Bertussi e Teixeirinha, a avó fez uma gaitinha de papel para incentivar Lorenzo e ele “tocava” a gaitinha.

Os filhos de dona Carmelina Moacir e Marcelino também gostam acordeom e violão. Quando a família se reúne sempre tem muita música, Lorenzo foi crescendo no meio das cantorias e se apaixonou por música especialmente gaúcha. No aniversário de dois anos ele ganhou de presente sua primeira bombacha e desde então usa pilcha no dia-a-dia e cultiva as tradições. “Eu gosto de usar bombacha, bota, chapéu, acho muito bonita a cultura Gaúcha, devemos preservar e levar esta tradição para todos os lugares”, diz Lorenzo.

Apesar da pouca idade Lorenzo já participou de diversas apresentações com grupos de música gaúcha, um de seus ídolos e também grande incentivador é o jovem músico João Pedro de Oliveira Cluseni e seu pai Delcio Cluseni. Eles sempre se reúnem e cantam juntos os três, Lorenzo fica encantado ao ver o amigo João Pedro tocar acordeom. “Gosto de muitos gaiteiros, Varguinha, Gildinho e Chico Brasil de Os Monarcas, sou apaixonado por gaita, mas o meu ídolo maior é o João Pedro Quero ser igual a ele, o João Pedro é o maior gaiteiro do Brasil”, enfatiza Lorenzo.

O pequeno gaiteiro já tem quatro acordeons, um de brinquedo que ganhou com dois anos de idade, e três que são instrumentos musicais, a gaita ponto o Papai Noel lhe deu de presente no Natal do ano passado. Lorenzo já participou de várias apresentações com Gildinho e Os Monarcas em 2019, como O Baile da Mariquinha, o Especial de Natal de Francisco Beltrão e gravação de um vídeo para Os Gauchinhos na música Guri de bombacha.

O menino também é apaixonado por cavalos, ele gosta de cavalgar e da vida no campo em meio a bois e vacas. A família costuma se reunir com amigos em fazendas e sítios e desde pequeno ele monta, antes ao junto com o pai e agora já cavalga sozinho. Eles participam também de encontros com os cavaleiros do grupo Paiol Descaderado de Francisco Beltrão. Em 2019, durante os preparativos para a Semana Farroupilha, Lorenzo foi colocado em cima de uma mesa e começou a cantar sua música favorita: Tordilho Negro, um dos participantes gravou a apresentação do menino. O vídeo foi publicado na internet e teve milhares de visualizações foi um grande sucesso.

Em fevereiro ele foi convidado pelo repórter gaúcho Giovane Grizzoti  para participar do Prêmio Melhores do Ano da Música Gaúcha, durante a programação do 33º Rodeio Internacional de Vacaria. Lorenzo cantou sozinho e também dividiu o palco com João Luiz Corrêa e Jorge Guedes e Família.

Lorenzo aprendeu a cantar de ouvir a avó e os tios e acompanhar as músicas que os pais costumam ouvir em casa. Somente em 2020 ele começou a fazer aulas de música, ele quer ser cantor, compositor e músico. Lorenzo pretende montar um grupo musical e viver da música. “Minha banda vai se chamar: Lorenzo e o Grupo Monarqueando as Vaneiras, eu serei o cantor e vou tocar gaita, entre os meus músicos vou convidar meu amigo João Pedro, meu pai vai dirigir o ônibus e minha mãe será minha empresária. E você July vai ser a minha fotógrafa, a minha avó também vai viajar comigo no ônibus, quero um ônibus bem comprido e colorido, teremos muitas camas e espaço para muitas pessoas”, conta o pequeno músico.

Além de tocar acordeom e cantar ele gosta também de trovar, é fã dos irmãos Paulo e Julio Merísio e já teve a oportunidade de trovar juntos com os irmãos. Lorenzo tem muita facilidade de criar versos e se inspira na lida do campo para trovar. Ele diz que gosta de muitos cantores tem muitos ídolos e admira muitos músicos, mas seu cantor favorito é ele mesmo. E o fã número um de Lorenzo é o pai Jucelino. “Eu gosto muito de ouvir ele cantando, tocando e trovando, sempre ensino as tradições para meu filho e fico feliz por ele se interessar e cultivar as tradições que eu gosto”, relata Jucelino.

Lorenzo tem apenas seis anos, muito talento e sonhos, é uma criança doce e é o orgulho dos pais Jucelino e Tania. “Ele compôs uma música chamada Bota de Fogo, nosso menino nos enche de orgulho principalmente pelo fato de querer cultivar a tradição gaúcha, que achamos tão bonita. Ele é muito criativo, inteligente e sempre nós diz o que quer que seja escrito em suas publicações nas redes sociais, eu não sei como ele pode ser tão apaixonado por música, afinal ele é só uma criança”, finaliza emocionada Tania.

Produção de texto: July Ioris

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“Conhecendo o Artista como ele É”. ANTHONI QUAGLIOTTO CRUZ

 ANTHONI QUAGLIOTTO CRUZ UM APAIXONADO PELOS PALCOS

Anthoni Quagliotto Cruz nasceu no dia 21 de novembro de 1984 no Rio de Janeiro. Filho de Severino Romildo Cruz e Adelia Quagliotto Cruz, Anthony é ator, diretor, cenógrafo, figurinista, professor de teatro. Além disso, tem graduação em Letras – Português/Inglês, é pós-graduado em Ensino de Artes (dança, teatro e música) e também é técnico em eventos.

Aos seis meses de idade, junto a seus pais e irmãs, veio morar em Francisco Beltrão, pois a família de Adelia era daqui. Aos nove anos de idade começou a fazer teatro na Escola Municipal Recanto Feliz. Nesse ano, houve uma seleção para os alunos que desejavam participar de uma oficina de teatro, e o menino tímido resolveu participar do teste, mesmo sem saber direito o que era teatro. Wagno Silva era o instrutor da oficina, Anthony passou no teste e participou da oficina, passando a integrar o elenco dos espetáculos e apresentar nas escolas e participar do festival estudantil de teatro que ocorreu naquele ano.

Anthony, quando criança, queria ter várias profissões, ser várias pessoas, e quando teve contato com o teatro descobriu uma forma pela qual poderia viver vários personagens. Além disso, por meio dos espetáculos, conseguiu fazer algo que sempre gostou: contribuir com a sociedade, levando mensagens boas para as pessoas. O teatro teve ainda uma outra função importante em sua vida aos 9 anos ele sofria uma espécie de analfabetismo funcional, tinha dificuldade de assimilar as frases, não compreendia os textos, enfim, não conseguia ler. Foi o teatro que me deu a competência da leitura.

“Por esse e vários outros problemas em minha aprendizagem quando criança, eu ficava constrangido, não acreditava em mim, me sentia excluído. Foi a arte que me deu as ferramentas, me ajudou a encontrar recursos para transpor as dificuldades impostas pela dislexia, que só recentemente descobri ter. Ainda devo muito à arte da cena, pois quando ninguém mais acreditava em mim, ela me escolheu, me capturou, me mostrou que eu tinha potencial. Lembro de ouvir pela primeira vez o som dos aplausos, foi naquele dia que decidi que era ator que eu queria ser. Aqueles aplausos me incentivaram, motivaram e mudaram a minha vida”, relata emocionado Anthony.

Mais tarde, em 2001, estudando no Colégio Tancredo Neves, participou do Mostrebel, Festival Estudantil de Teatro, com o grupo do colégio. Apresentando uma adaptação do texto “Incidente em Antares” recebeu vários prêmios e ele foi premiado como melhor ator com o Doutor Cícero Branco, protagonista da peça. No ano de 2002, por seu destaque na Mostrebel, foi convidado para trabalhar na Companhia Théspis, fazer parte do elenco e trabalhar ao lado de Vilmar Mazzetto, por quem tinha muita admiração. Na companhia, ele aprendeu a trabalhar com produção, figurino, montagem de cenário. “Aprendi não só a atuar, aprendi como uma produção funciona, desde a montagem, criação, até a direção, a Théspis foi uma verdadeira escola. Viajamos por vários estados apresentando peças e participando de projetos. Tive oportunidade de trocar experiências com muitos atores e aprendi muito neste período. Sempre me preocupei em me aperfeiçoar e realizar um trabalho cada vez melhor”, enfatiza o ator.

Anthony lembra com muito carinho de ter participado da peça “Último dia de Marrecas”, que foi um marco no teatro beltronense. Ele interpretou vários personagens na peça e participou de toda a montagem. Em 2007, saiu da Companhia e foi morar em Capanema, onde começou a dar aulas e dirigir o grupo municipal de teatro e realizar a produção dos espetáculos. Lá organizou espetáculos, festivais e mostras de teatro, também trabalhou no departamento de Cultura da cidade e participou da organização de vários eventos. Nesse período, participou de vários festivais, passou a estudar teatro voltado ao físico e a arquitetura do movimento, aliou o estudo do teatro às artes circenses, capoeira, performance e à dança. Participou de diversos cursos de especialização com artistas e grupos renomados, do Brasil e do exterior.

Em 2013, foi morar em Pato Branco, trabalhou no departamento de cultura, ministrando aulas de teatro, e cursou Letras na UTFPR. Juntou seu trabalho de teatrofísico com os estudos da linguística, buscando construir uma linguagem própria para a cena. Anthony assumiu o grupo de teatro Artífice da UTFPR de Pato Branco e, durante dois anos, realizaram trabalhos juntando arte performática, circo, dança e teatro, sem usar a linguagem verbal. Os espetáculos usavam o corpo, a representação física, como meio de comunicação buscavam a participação ativa de quem assistia.

Atualmente ele coordena o projeto “Formação de Atores”, curso em parceria com a MStarModels, que busca formar atores nas áreas de teatro, cinema e televisão: “Nosso primeiro filme, ‘Entre a Luz e a Sombra’ estreará em breve”. Anthony fala que da mesma forma que o teatro mudou sua vida, a arte pode ajudar muitas pessoas. “A arte tem uma função de extrema importância na sociedade. Em minha vida, teve papel fundamental, me encontrei como sujeito na sociedade através dela. Na verdade, tudo que eu sou devo a ela. A arte foi e é minha voz, tive a feliz oportunidade de descobrir isso desde cedo, do contrário, não sei como viveria, pois ser artista não é escolha, ser artista é condição”, finaliza Anthony.


Produção de texto: July Ioris

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“Conhecendo o Artista como ele É”. MARIA NARCIZA DA SILVA SANTOS

MARIA NARCIZA DA SILVA SANTOS COMPLETA 80 ANOS

Maria Narciza da Silva Santos nasceu dia 15 de dezembro de 1940 em Morretes Paraná. Filha de Nonato Marques da Silva e Rosa Chierigatti, viúva de Valdomiro da Silva Santos, mãe de Lilia Cristina, Lilian Carla e Sérgio Maurício, avó de Gabriele, Izadora, Sérgio Júnior e João Vítor. Ela é professora aposentada de Educação Física e Artesã.

Quando era criança Maria Narciza aprendeu a fazer crochê, bordado e costura com a avó Narciza. A família morava em Morretes e na adolescência ela foi estudar em Curitiba, uma colega de pensão fazia desenhos para ela levar para os alunos no estágio, um dia a colega disse que Narciza era capaz de desenhar e ela começou a fazer os desenhos para as crianças. Depois de formada durante as aulas trabalhava teatro e produzia os bonecos para o teatro de fantoches. Sempre muito criativa trabalhava recreação, brincadeiras com música, folclore e danças.

Em 1969 seu Valdomiro veio trabalhar em Francisco Beltrão e como Narciza era professora do Estado conseguiu transferência para cá. Ela trabalhou muitos anos no SESC, no Colégio Glória, além de escolas estaduais do interior. Quando os filhos eram pequenos e as condições financeiras não eram muito boas, Narciza queria fazer festas de aniversário para os filhos, começou a fazer os bolos, doces e decoração das festinhas e passou a fazer bolos para as amigas e vizinhas. Depois foi para Curitiba fazer curso de chocolates e passou a fazer chocolates artesanais. “Sempre gostei muito de fazer comida, tenho vários livros de receitas e já ensinei muitas pessoas, as preferidas são as receitas de Natal”, diz Narciza.

Algum tempo depois ela fez curso de flores em tecido para vestidos, aprendeu também a fazer enfeites de Natal e durante 15 anos ela enfeitou sua casa e abriu para visitação pública. Era uma atração a parte na época do Natal, já chegou a ter 120 Papais Noeis, além de anjos, árvores de Natal, bolas e luzes. A casa ficava totalmente decorada e encantava os visitantes. Foi então que Tânia Penso Ghedin convidou a professora Narciza para ajudar a realizar o Natal Ecológico de Francisco Beltrão. Elas usaram materiais recicláveis e enfeitaram a cidade toda, depois disso a professora foi convidada para ir para Canaã dos Carajás no Pará para ensinar a fazer enfeites natalinos.

Dona Narciza sempre foi muito ativa e caridosa, sempre pensando em ajudar as pessoas. Durante os anos que enfeitava sua casa para o Natal, recebia doações de fraldas que eram doadas para Casa Abrigo, ela também doava cestas básicas e alimentos para pessoas carentes. Devota de São Francisco sempre teve este espírito solidário e se preocupou com o próximo. “Costumo dizer aos meus filhos e netos que as pessoas possam se colocar no lugar do outro, amar o outro, perdoar, ajudar, enfim é dando que se recebe. Quem ajuda o próximo recebe amor”, Enfatiza Narciza.

Uma pessoa muito ativa que depois que se aposentou não parou, realizou diversos cursos, recentemente terminou um curso online de bolachas. Dona Narciza esta conectada e usa internet para se aperfeiçoar, além disso, em sua casa cultiva 130 orquídeas, mantém sua coleção de canecas e esta sempre procurando aprender algo diferente. “Eu nunca me preocupei com idade, algumas vezes custo acreditar que estou completando 80 anos, sou bastante ativa, gosto de aprender e ensinar. Eu poderia me sentar no sofá e ficar vendo televisão, afinal já trabalhei muito, mas não gosto, gosto de ter alguma coisa para passar o tempo, me ocupar, talvez por este motivo eu não percebi os anos passando”, brinca Narciza.

Quando veio a determinação para todos ficarem em casa, devido à pandemia do novo coronavírus, a professora pensou em alguma coisa para se manter ocupada. Ela resolveu iniciar uma coleção de 80 bonecas, pelo seguinte motivo: dar de presente para meninas de famílias carentes, no mês de dezembro para o Natal e para comemorar seu aniversário de 80 anos é hoje dia 15. Quando decidiu fazer as bonecas não tinha certeza se conseguiria alcançar a meta, mas dois meses antes do Natal já tinha confeccionado todas as bonecas. A professora Narciza já sabia fazer bonecas, porém resolveu se aperfeiçoar e fez cursos para produção de bonecas pela internet. Ela contou com a ajuda da filha Carla para pintar os olhos e a “tata” Salete para costurar os vestidos.

Narciza conta que resolveu fazer as bonecas porque lembrava que quando criança ela teve apenas uma boneca. Quem sabe hoje esteja realizando o sonho de meninas que também vão ganhar sua primeira boneca. Algumas foram enviadas para Paranaguá, outras para Morretes, algumas serão doadas para o Ceonc para meninas em tratamento de Câncer, uma foi para Portugal e outra para o Recife. Ela ainda não tem nenhum bisneto (a), mas uma das bonecas que produziu ela já guardou e disse para os filhos e netos: esta boneca é para a minha primeira bisneta. Durante a conversa com a professora Narciza, nossa repórter July Ioris contou sobre seu desejo de ter uma filha, então Narciza presenteou July com uma de suas bonecas e disse para ela guardar para quando tiver sua filha.

No início ela não pensava em vender, até que veio uma preocupação: “Eu chego numa casa pra entregar uma boneca a uma menina e encontro lá mais um ou dois meninos, aí não tenho nada pra dar pra eles, vão ficar sentidos. Eu já tinha recebido pedidos para comprar as bonecas e pensei: Por que não vender algumas e, com o dinheiro, comprar presentes para os meninos? E assim fui vendendo algumas bonecas e já consegui uma quantia para comprar presentes para os meninos”, relata a professora.

“Cada boneca que vendi confeccionei outra para colocar o lugar, quero entregar todas as 80 bonecas até o Natal para que estas crianças tenham seu presente”, finaliza Narciza.  

Produção de texto: July Ioris

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“Conhecendo o Artista como ele É”. IVANILDA DA SILVA CASAGRANDE É APAIXONADA PELO ARTESANATO

IVANILDA DA SILVA CASAGRANDE

Ivanilda da Silva Casagrande nasceu em Francisco Beltrão no dia 30 de março de 1972. Filha de Dorvalino Neves da Silva e Jandira Valtrick, ela é casada com Deonir Casagrande e mãe de Amanda. Iva é artista plástica e artesã.

Aos nove anos quando estava na escola, Iva teve aulas de pintura em tecido, crochê e tricô nas aulas de artes. Ela gostava tanto que às vezes faltava aula de outras disciplinas para fazer artes. Na época sua mãe trabalhava no setor de limpeza de um banco e a família não tinha condições de comprar os materiais necessários para Iva fazer os trabalhos artesanais, mas os colegas de dona Jandira ao perceber o talento da menina resolveram comprar para ajudar ela, logo depois ela vendia especialmente panos de prato para comprar mais material e continuar pintando. 

Aos 15 anos Dona Lurdes Arruda convidou Ivanilda para trabalhar na APMI (Associação de Proteção á Maternidade e Infância), como instrutora de pintura em tecido, os cursos eram oferecidos aos Clubes de Mães da cidade. Na sequência Iva foi fazer um curso com a artista plástica Ivonete, onde aprendeu mais sobre pintura em tecido e também sobre pintura em telas. “Eu não tinha condições de comprar uma tela e o meu primeiro quadro eu fiz com juta que era mais barato e mais tarde mandei fazer uma moldura. Eu pintei um pássaro e mantenho este quadro na sala de minha casa”, conta Ivanilda.

Quando Iva se casou foi morar no interior de Francisco Beltrão e continuou dando aulas para os Clubes de Mães, lá permaneceu um ano e retornou para a cidade. Passou a pintar potes de plástico e latas para empresas como a Alumínios 5 Estrelas, Docesar e Belmar, nesta época não estava dando aulas de artesanato. Permaneceu durante 11 anos trabalhando com este tipo de pintura e nas horas vagas pintava telas por encomenda. “A empresa levava os potes e latas até minha casa e eu escolhia os desenhos, desenhava tudo a mão livre e depois pintava com tinta. Minha filha Amanda ficava sempre perto observando e até me ajudava, ela adora desenhar e pintar acredito que ela herdou meu dom”, relata Iva.

Quando as encomendas de potes terminaram Iva foi convidada para dar aulas de artesanato num projeto social no bairro Padre Ulrico. Ela começou a pintar quadros em alto relevo, é uma técnica que utiliza materiais que são colados sobre a tela. Iva só fazia quadros por encomenda nas suas horas vagas. Iva começou a usar materiais recicláveis para fazer seus quadros, devido ao preço das telas, desta forma ela começou a fazer a reutilização de materiais e muitas coisas que iriam para o lixo se tornaram arte. “Nunca ganhei dinheiro pintando quadros, sempre foi o artesanato que me manteve, mas pintura em tela é uma paixão, gosto de fazer com calma, sem pressa, sem prazo, poder usar a inspiração e deixar a imaginação fluir”, diz Ivanilda.

Iva sempre gostou de arte e sentiu prazer em ensinar, ela se sente feliz de poder transferir seu conhecimento para outras pessoas. “É gratificante poder ensinar minha arte e garantir que o artesanato vai ter sequencia. Me sinto muito feliz por ver que outras pessoas podem dar vida a esta arte que eu amo tanto”, finaliza Ivanilda. 


Produção de texto: July Ioris

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“Conhecendo o Artista como ele É”. BANDA ZATTER 41 ANOS DE HISTÓRIA

BANDA ZATTER 41 ANOS DE HISTÓRIA

Vilson Zatera nasceu dia 26 de novembro de 1956 em Água Doce SC, casado Maristela Zatera e pai de Maiara e Saionara. Nilson Zatera nasceu no dia 07 de outubro de 1954 em Água Doce SC casado com Sueli Rossi Zatera e pai de Marcelo e Gabrielly. Nilson e Vilson são filhos de Guilherme Vitório Zatera e Cecília Berlanda Zatera. Pela primeira vez uma equipe de reportagem convida os irmãos para contar sua história.

Quando os irmãos eram crianças a família se mudou para um sítio no interior de Marmeleiro PR, Guilherme tocava gaita e violão, Nilson costumava levar as irmãs nos bailes e enquanto elas dançavam, ele ficava na frente do palco vendo os músicos tocando, mas o que chamava sua atenção eram os gaiteiros. “Quando eu tinha 16 anos pedi para meu pai comprar um acordeom, ele comprou, mas eu tive que prometer que não ia deixar a gaita num canto, que eu iria tocar e sozinho só observando meu pai comecei tocar”, conta Nilson.

Logo depois seu Guilherme comprou um violão, pois queria que Vilson também tocasse um instrumento, os dois costumavam ouvir rádio e tiravam as músicas e o pai ensinou o que sabia de violão e acordeom. Os dois irmãos começaram a tocar em festas e encontros de amigos. Guilherme muito empreendedor e com grande visão resolveu profissionalizar os filhos, desta forma começou a cobrar um cachê para que os dois fossem tocar nas festas. Nilson e Vilson foram num baile e se encantaram com os instrumentos do conjunto, Guilherme veio para Francisco Beltrão e comprou instrumentos para os filhos. Porém não tinha energia elétrica, mas Guilherme resolveu mandar fazer um gerador para que os filhos pudessem tocar.

Quando tudo ficou foi criado o conjunto musical Os Irmão Zatera, Nilson tocando acordeom, teclado e vocal, Vilson guitarra e vocal e a eles se juntaram mais três irmãos, Nelson no contrabaixo, Darci na bateria e a cantora da banda Nelsi. “Num encontro com Gildo de Freitas nosso pai perguntou se ele gostava da banda, se ‘os meus filhos levam jeito para a música’, Gildo fez elogios e deu muito incentivo, neste momento percebemos que estávamos no caminho certo”, conta Nilson.

No ano de 1979 eles se mudaram para Francisco Beltrão. “Nosso pai disse que morando em Beltrão teríamos mais oportunidades, ele sempre quis que saíssemos da roça, o sonho dele era ver os filhos tocando numa banda, ele estava certo já são mais de 40 anos de carreira, seu Guilherme via lá na frente e para nós é gratificante ter realizado o sonho dele”, relata Vilson. Durante muitos anos os Irmãos Zatera tocavam bailes e animavam festas pelo sul do Brasil, mas em 1988 começaram a tocar em Festivais, na época Nelsi se casou e saiu da banda, mas Ivone que era casada com Darci passou a fazer parte da banda que logo depois se tornou Banda Zatter.

A banda Zatter começou a fazer festivais e o primeiro que eles tocaram foi o Canta Beltrão, logo foram realizar festivais pelo estado do Paraná e logo ficou conhecida nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catariana, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Eles viraram especialistas em festivais chegando a fazer mais de 50 apresentações por ano. Com a expansão em festivais Vilson deixou de subir nos palcos e ficou com a parte comercial da Banda. Foram contratados novos músicos e os festivais fizeram a banda crescer muito musicalmente. Em São Lourenço do Oeste SC, a banda já tocou o Flic em 12 edições consecutivas. (FLIC é um festival tradicional do país, realizado ininterruptamente desde 1972 e está incluso no calendário oficial de eventos do estado de Santa Catarina). Em Araucária PR a banda tocou oito edições do festival, em Irani SC foram mais de cinco edições.

Além dos Festivais a banda Zatter tocou grandes Carnavais pela região. Seu Guilherme tinha um sonho de ter uma banda e ver os filhos unidos, atualmente o único Zatera que ainda sobe nos palcos é Marcelo (Filho de Nilson), tecladista como o pai que agora também cuida do comercial da banda ao lado de Vilson. Os demais músicos são contratados e todos registrados, eles sempre se preocuparam com a qualidade dos profissionais e dos instrumentos também. “No ano de 1981 quando nosso pai faleceu algumas pessoas pensaram que íamos parar com a música ou não saberíamos administrar a banda, mas nesta época já havíamos decidido qual seria nosso futuro, sempre tivemos foco e batalhamos para realizar”, enfatiza Nilson. 

Para os irmãos a música é a realização de um sonho, é um dom que eles desenvolveram e tudo o que eles construíram foi graças à música. “Somos uma das mais antigas bandas da cidade que ainda esta em atividade e é a primeira vez que contamos a nossa história para uma equipe de reportagem, devemos nosso sucesso e reconhecimento ao público que sempre nos prestigiou que sempre renovam nossas energias. Nós sempre nos preocupamos com a qualidade em respeito ao público”, emocionado finaliza Nilson.


Produção de texto: July Ioris

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“Conhecendo o Artista como ele É”. VANDA CARMEM PITZ E GILSON ANGELO ECHIMBACK

VANDA CARMEM PITZ E GILSON ANGELO ECHIMBACK

Vanda Carmem Pitz nasceu no dia 27 de outubro de 1960 em Francisco Beltrão, filha de Jacob Pitz e Maria de Lourdes Gomes Pitz. Vanda é casada com Gilson Angelo Echimback que nasceu no dia 10 de outubro de 1961 em Palmas PR, ele é filho de Izabel Aparecida Echimback. O casal fundou a Associação Clube da Viola.
Gilson desde criança gostava de tocar cavaquinho na escola, sempre esteve envolvido com música, cantorias e violas. Mas foi somente depois de se casar com Vandinha que começou a tocar e cantar com frequência. O casal que sempre gostou muito de música resolveu convidar alguns amigos músicos para se reunir e formar um Clube. O primeiro encontro foi realizado no dia 12 de novembro de 2010 na sede do jornal Opinião e recebeu o apoio de Ubirajara de Freitas. Na época os músicos receberam também o apoio da então diretora de Cultura Tânia Penso Ghedin.
“Nos encontros cada músico apresentava músicas sertanejas raiz, eles tinham o objetivo de resgatar as origens da música sertaneja. Os encontros do Clube aconteciam nas quintas-feiras de noite e os participantes costumavam participar de apresentações artísticas e eventos musicais em Francisco Beltrão e na região”, comenta Vanda.
Há dois anos os fundadores do “Clube da Viola” Vandinha e Gilson sentiram a necessidade de formar um novo grupo e chamaram de “Amigos da Viola”, alguns músicos foram com eles e outros que não faziam parte do Clube se juntaram ao grupo. Os amigos da viola passaram a participar de festivais de música e fazer o resgate de músicos que não estavam mis na ativa.
Além de músico Gilson trabalha como locutor de rádio desde jovem, sempre envolvido com o mundo artístico eles conseguiram realizar muitos projetos e através do Clube realizaram eventos de música trazendo shows nacionais com grandes nomes da música sertaneja. Seguindo o exemplo de Francisco Beltrão outras cidades da região formaram o seu Clube da Viola. Eles sentem uma satisfação muito grande de contribuir com a cultura e música na região e o ponto alto foram às apresentações nas festividades em comemoração ao Natal. “Sempre tivemos o compromisso de trazer música sertaneja raiz de qualidade para o público prestigiar, somos apaixonados pela música”, enfatiza Vanda.

Produção de texto: July Ioris

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GUILHERME LIMA - ATOR E INFLUENCER

  GUILHERME LIMA - ATOR E INFLUENCER Guilherme Antônio Pariz Lima nasceu no dia 02 de março de 1999 em Francisco Beltrão-PR, filho de Anto...