“Conhecendo o Artista como ele É”. ANTHONI QUAGLIOTTO CRUZ

 ANTHONI QUAGLIOTTO CRUZ UM APAIXONADO PELOS PALCOS

Anthoni Quagliotto Cruz nasceu no dia 21 de novembro de 1984 no Rio de Janeiro. Filho de Severino Romildo Cruz e Adelia Quagliotto Cruz, Anthony é ator, diretor, cenógrafo, figurinista, professor de teatro. Além disso, tem graduação em Letras – Português/Inglês, é pós-graduado em Ensino de Artes (dança, teatro e música) e também é técnico em eventos.

Aos seis meses de idade, junto a seus pais e irmãs, veio morar em Francisco Beltrão, pois a família de Adelia era daqui. Aos nove anos de idade começou a fazer teatro na Escola Municipal Recanto Feliz. Nesse ano, houve uma seleção para os alunos que desejavam participar de uma oficina de teatro, e o menino tímido resolveu participar do teste, mesmo sem saber direito o que era teatro. Wagno Silva era o instrutor da oficina, Anthony passou no teste e participou da oficina, passando a integrar o elenco dos espetáculos e apresentar nas escolas e participar do festival estudantil de teatro que ocorreu naquele ano.

Anthony, quando criança, queria ter várias profissões, ser várias pessoas, e quando teve contato com o teatro descobriu uma forma pela qual poderia viver vários personagens. Além disso, por meio dos espetáculos, conseguiu fazer algo que sempre gostou: contribuir com a sociedade, levando mensagens boas para as pessoas. O teatro teve ainda uma outra função importante em sua vida aos 9 anos ele sofria uma espécie de analfabetismo funcional, tinha dificuldade de assimilar as frases, não compreendia os textos, enfim, não conseguia ler. Foi o teatro que me deu a competência da leitura.

“Por esse e vários outros problemas em minha aprendizagem quando criança, eu ficava constrangido, não acreditava em mim, me sentia excluído. Foi a arte que me deu as ferramentas, me ajudou a encontrar recursos para transpor as dificuldades impostas pela dislexia, que só recentemente descobri ter. Ainda devo muito à arte da cena, pois quando ninguém mais acreditava em mim, ela me escolheu, me capturou, me mostrou que eu tinha potencial. Lembro de ouvir pela primeira vez o som dos aplausos, foi naquele dia que decidi que era ator que eu queria ser. Aqueles aplausos me incentivaram, motivaram e mudaram a minha vida”, relata emocionado Anthony.

Mais tarde, em 2001, estudando no Colégio Tancredo Neves, participou do Mostrebel, Festival Estudantil de Teatro, com o grupo do colégio. Apresentando uma adaptação do texto “Incidente em Antares” recebeu vários prêmios e ele foi premiado como melhor ator com o Doutor Cícero Branco, protagonista da peça. No ano de 2002, por seu destaque na Mostrebel, foi convidado para trabalhar na Companhia Théspis, fazer parte do elenco e trabalhar ao lado de Vilmar Mazzetto, por quem tinha muita admiração. Na companhia, ele aprendeu a trabalhar com produção, figurino, montagem de cenário. “Aprendi não só a atuar, aprendi como uma produção funciona, desde a montagem, criação, até a direção, a Théspis foi uma verdadeira escola. Viajamos por vários estados apresentando peças e participando de projetos. Tive oportunidade de trocar experiências com muitos atores e aprendi muito neste período. Sempre me preocupei em me aperfeiçoar e realizar um trabalho cada vez melhor”, enfatiza o ator.

Anthony lembra com muito carinho de ter participado da peça “Último dia de Marrecas”, que foi um marco no teatro beltronense. Ele interpretou vários personagens na peça e participou de toda a montagem. Em 2007, saiu da Companhia e foi morar em Capanema, onde começou a dar aulas e dirigir o grupo municipal de teatro e realizar a produção dos espetáculos. Lá organizou espetáculos, festivais e mostras de teatro, também trabalhou no departamento de Cultura da cidade e participou da organização de vários eventos. Nesse período, participou de vários festivais, passou a estudar teatro voltado ao físico e a arquitetura do movimento, aliou o estudo do teatro às artes circenses, capoeira, performance e à dança. Participou de diversos cursos de especialização com artistas e grupos renomados, do Brasil e do exterior.

Em 2013, foi morar em Pato Branco, trabalhou no departamento de cultura, ministrando aulas de teatro, e cursou Letras na UTFPR. Juntou seu trabalho de teatrofísico com os estudos da linguística, buscando construir uma linguagem própria para a cena. Anthony assumiu o grupo de teatro Artífice da UTFPR de Pato Branco e, durante dois anos, realizaram trabalhos juntando arte performática, circo, dança e teatro, sem usar a linguagem verbal. Os espetáculos usavam o corpo, a representação física, como meio de comunicação buscavam a participação ativa de quem assistia.

Atualmente ele coordena o projeto “Formação de Atores”, curso em parceria com a MStarModels, que busca formar atores nas áreas de teatro, cinema e televisão: “Nosso primeiro filme, ‘Entre a Luz e a Sombra’ estreará em breve”. Anthony fala que da mesma forma que o teatro mudou sua vida, a arte pode ajudar muitas pessoas. “A arte tem uma função de extrema importância na sociedade. Em minha vida, teve papel fundamental, me encontrei como sujeito na sociedade através dela. Na verdade, tudo que eu sou devo a ela. A arte foi e é minha voz, tive a feliz oportunidade de descobrir isso desde cedo, do contrário, não sei como viveria, pois ser artista não é escolha, ser artista é condição”, finaliza Anthony.


Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o artista como ele é.

#EquipeCulturaFB












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