MICHELE CRISTINA DA SILVEIRA DUTRA NASCEU PARA A MÚSICA

MICHELE CRISTINA DA SILVEIRA DUTRA NASCEU PARA A MÚSICA

Michele Cristina da Silveira Dutra nasceu no dia 29 de dezembro de 1976 na cidade de Capanema PR. Ela é filha de Dirceu Assis Damas da Silveira e Aparecida da Silveira e casada com Fernando Dutra. Michele é mãe de Thainá, Junior, Michel, Milena, e avó de Samuel, Michele é cantora e professora de dança.

Quando Michele era criança com apenas cinco anos, o pai que era músico costumava colocava ela em cima do sofá para ela cantar. Dirceu ensinava a filha além de cantar, como se apresentar para o público e postura no palco. Seu pai sempre ensinou ela a ouvir músicas de qualidade como  Bee Gees, The Beatles, Pholhas , Fred Mercury entre outros, ela já gostava de cantar a música “Memory” de Barbara Streisand. Quando ainda tinha cinco anos Michele participou do primeiro festival da canção, a banda de Dirceu tocava o festival e ela defendeu a música “Casinha Branca”.  Depois deste primeiro, ela participou de muitos festivais e sempre ficava bem classificada e ganhava prêmios.

Dos filhos de Dirceu, Michele foi a primeira a acompanhar o pai, sempre aprendendo músicas novas, o pai incentivava e escolhia as músicas que ela ia ouvir e sempre estava ensinando a filha. Quase todos os finais de semana ela cantava em festivais, onde a banda que Dirceu tocava estava realizando o festival ela cantava. Michele ganhou vários festivais defendendo a música “Não chores por mim Argentina”. “Meu pai fez parte de várias bandas que tocavam em festivais, ele me inscrevia para cantar e eu ia junto com ele, além de ficar sempre bem classificada e ganhar muitos prêmios eu aprendia muito com a banda. Foram muitos anos na estrada aprendendo músicas e participando de competições”, conta Michele.

Aos 13 anos Michele foi convidada para participar da banda Nativus Status Show como cantora e aos 15 anos foi para a Banda Zatter junto com Dirceu, eles tocavam muitos bailes e festivais. Aos 16 anos ela foi cantar na banda Pedra Negra em Paranavaí e lá ficou alguns anos. Quando voltaram pra Francisco Beltrão cantou também na banda Clave de Sol, adquiriu muita experiência em bandas show. Seu pai foi chamado pra dirigir a banda Brazil Express, onde ele cantava e ela era vocalista. “De forma natural acabamos eu e meus irmãos indo para música e sempre incentivados por nosso pai, durante muitos anos trabalhamos juntos. A banda era muito conhecida e respeitada, desta forma, abriu muitas portas especialmente para mim”, enfatiza a cantora.

Quando estava ainda na banda Brazil Express ela engravidou da primeira filha Thainá e cantou até os sete meses de gravidez, depois se dedicou a filha, dois anos após ficou grávida de seu segundo, Junior. Depois desenvolver o papel de mãe por um tempo voltou aos palcos. Sua volta foi na banda Ka entre Nós, ela ficou pouco tempo, logo recebeu uma proposta para se mudar para Maringá. Em Maringá participou da banda Sedução e começaram a fazer shows e bailes. Logo recebendo outras propostas para cantar na banda Apollos Band de Apucarana, onde passou algum tempo viajando por muitos lugares. Cansada de tantas viagens e ficar longe de seus filhos resolveu encontrar algo mais tranqüilo como banda de Buffet que tocava mais na cidade, cantou na banda Blackout de seu amigo Japurã, que ajudou muito Michele.

“No carnaval de 2003 a banda que eu cantava foi chamada pelo Sérgio Poppi proprietário da banda Metrópole para fazer o carnaval em São Carlos SP. Tinha dois ambientes, na parte de baixo a banda que eu cantava e na parte de cima a banda Metrópole. Fernandão foi ver nossa banda passando o som e subiu na grade e abriu os braços para mim enquanto eu cantava. Ficamos encantados um pelo outro, foi um amor de carnaval que já dura 19 anos e tivemos muitas lutas, carinho e o que nos uniu que foi a música. Na época eu estava separada com dois filhos, uma de cinco e um de três anos e o Fernando me ajudou a criar meus filhos e fez papel de um pai super presente e dedicado”, emocionada conta a cantora.

Depois eles se mudaram para São Paulo onde ela cantou em bandas de Buffet com a banda Marco Henry Company que Michele aprendeu muito com os donos da banda e foram muitos amados e acolhidos por eles. Em São Paulo engravidou do terceiro filho, Michel. Eles tinham muita vontade de voltar pra Francisco Beltrão, receberam um convite do Renato Tesser para tocar no carnaval de Marmeleiro e depois dos cinco dias Renato fez uma proposta de voltarem para Beltrão e tocar na banda, porém não viver da música. “A proposta era termos um emprego fixo e ter a música como hobby foi bem difícil no começo porque eu nunca tinha trabalhado em outra coisa que não fosse com música. Depois de um tempo engravidei da quarta filha, Milena e cantou até os últimos meses de gravidez. Fui trabalhar em uma loja onde fazia a limpeza e meu esposo de serigrafista, na banda tocavamos nos finais de semana, mas foi tomando uma proporção tão grande de shows, bailes, formaturas inclusive de Francisco Beltrão. Ficamos na banda Flor da Pele 10 anos”, relata Michele.

Em 2015 Michele teve um sonho que Deus falava para ela usar seu dom para louvar a Deus, somente a Ele, foi quando foi para igreja Evangélica. Porém em 2020 ela perdeu sua mãe que era sua melhor amiga. Nesse dia descobriu o verdadeiro evangelho que Deus deixou. O amor o próximo indiferente de suas crenças placas ou religião. Com a morte da mãe entrou em depressão, engordou bastante e teve problemas de saúde. “Eu estava sofrendo muito e pedi que Deus me desse um presente, foi então que recebi o convite da amiga Luzia para cantar no CEMAEM. Dou aula de musicalização pra crianças com autismo ao lado da equipe. Decidi me cuidar e comecei a fazer atividade física, um dia encontrei uma antiga aluna de dança a Denise que me pediu para eu voltar a dar aulas de dança. Entrei em contato com a direção da AABB e seu Nereu  Basso me deu muito apoio”, diz Michele.

Michele da aula de dança desde outubro de 2020 e já emagreceu 28 kg. Ela melhorou a saúde física e mental através da dança. Como ela estava acima do peso, precisou buscar ânimo e forças para emagrecer, ela tinha que ser inspiração para suas alunas. Incentiva outras mulheres a dançar para melhorar o corpo, a mente, ganhar resistência, flexibilidade e elevar a auto-estima. Por isso ela fala que a música vai estar sempre em tudo que ela vai fizer. “Eu respiro música, pois ela esta comigo quando canto, quando danço, em minha família, meus quatro filhos amam música, só a mais velha, Thaina não está ligada a música de forma profissional. Não poderia ser diferente, lá em casa tem instrumento musical por todos os lados. Até meu netinho Samuel de quatro anos, filho de Thaina e Sasaki ama tocar bateria e cantar e é afinadinho”, declara Michele.

Michele sempre esteve ligada a música, cantando ou dançando a música faz parte de sua vida, ela diz que deve tudo a música ela é grata a todas as bandas por onde passou e ao aprendizado que adquiriu durante este tempo. Deus lhe deu um dom de alegrar as pessoas através de sua arte. “Música trás a tona as emoções, cantar me faz feliz e para dançar preciso de música, minha família esta sempre rodeada de música. Ela é a nossa arte, nossa felicidade. A arte da música move o coração, a mente, o corpo, faz parte de quem está vivo. Som é vida, música é arte de quem vive. Cantar vem da alma, sou movida pela música”, finaliza a cantora.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é
















JOCEANE PRIAMO A ESCRITORA QUE AMA POESIA

 JOCEANE PRIAMO A ESCRITORA QUE AMA POESIA 

Joceane Priamo nasceu no dia 23 de maio de 1988, em Francisco Beltrão. Filha de Joacir Osvaldo Priamo e Gorete Furlanetto Priamo, casada com Rafael Jachini. É formada em Letras Português e Literatura e em Pedagogia, professora da educação infantil, escritora e poetisa. 

Quando era criança, Joceane morou no interior de Flor da Serra do Sul, Linha Altaneira, divisa com Francisco Beltrão e estudou lá até concluir o ensino fundamental, nesse período viveu distante da literatura, pois a escola onde iniciou os seus estudos não tinha biblioteca. Só tinha contatos com os livros didáticos ou quando ia passear em seus avós que ainda morava com eles o tio de Joceane, Valmir Furlanetto, que cursava o ensino médio no Colégio Mário de Andrade e sempre pegava os livros para ler em casa, mas quem lia era a sobrinha. Ela lembra que o primeiro livro que leu foi a trilogia do Érico Veríssimo “O tempo e o vento”, depois leu “A Divina Comédia”, escrito por Dante Alighieri, que também era dividido em três partes: O Inferno, O Purgatório e O Paraíso,  Foi ali que surgiu o amor pela leitura e também pela poesia. 

Joceane gostava muito de ler, pois os livros eram sua forma de sonhar com uma realidade diferente do que ela vivia. Ainda criança, tinha o hábito de escrever em diários, que era o presente que ela mais gostava de ganhar de aniversário. Na escola de linha Altaneira, costumava compartilhar com os colegas cadernos de recordações onde cada um escrevia “Pensamentos”, “versinhos” e “mensagens”. No ensino médio veio estudar em Francisco Beltrão, conheceu as obras de Mario Quintana, pelo qual ficou encantada. Foi nesta época, aos 14 anos, que ela começou a escrever seus primeiros poemas, como costumava ir à escola de ônibus, escrevia poemas durante a viagem. “Eu gostava muito de escrever, era uma forma de externar minhas emoções, mas tinha muito receio de mostrar aos outros, medo de julgamentos. A única pessoa para quem eu mostrava os poemas era para o meu melhor amigo da infância, André Guerrino Castoldi, sempre compartilhava com ele os meus versos e ele sempre me dava apoio”, conta Joceane. 

No ensino médio a poetisa começou participar de recitais de poesia, incentivada pelo professor Vicente de Carli, Jô enfrentou o palco do Espaço da Arte pela primeira vez e deixou o medo do público de lado para apresentar seus versos. “O professor Vicente nos incentivou a escrever e depois nos preparou para apresentar os poemas e enfrentar o medo do público, meu medo dos julgamentos foi substituído pela emoção de estar ali, me senti muito confiante e passei a participar de outros recitais, pois sempre era selecionada entre os alunos e recebi algumas premiações nestes concursos”, destaca Jô.

Ela nos conta também que admirava as aulas da professora de português, Maria Bernardete da Roza, que foi quem a influenciou a escolher a faculdade de letras. Jô tinha o objetivo de fazer letras para aprender a falar e escrever melhor, assim foi cursar letras na Universidade Estadual do Centro Oeste (UNICENTRO) de Guarapuava. Após se formar ela foi dar aulas para o ensino fundamental e médio e sempre incentivou os alunos a escrever.

“Foi um desafio, no começo eles achavam poesia muito chata, mas com persistência pude ensinar as diferentes formas de poesias, apresentei vários autores e cativei meus alunos. Eu trabalhava a escrita, a oralidade, a leitura e aos poucos eles estavam escrevendo e tomando gosto pelo gênero textual. A poesia não é um monte de palavras com rimas, poesia é a maneira de expressar sentimos em relação a nós, ao outro e ao mundo, é uma forma de tocar o coração das pessoas. É usar as palavras para despertar as emoções”, relata Joceane. 

Joceane nunca foi de mostrar suas poesias para as pessoas, mas tinha como sonho escrever um livro. Devido ao trabalho, estudos e tarefas diárias, havia deixado seu objetivo de lado, até que numa conversa com o seu amigo Carlos Alberto Caum foi incentivada a voltar escrever. Ela relata que precisou voltar a soltar as emoções e levou alguns meses para transmiti-las em forma de poesia. Jô começou escrever um livro de poesias que traz temas como amor, dor, fé, morte, natureza, espiritualidade, porém ela precisou pausar o projeto para produzir o livro Francisco Beltrão entre Versos e Sonhos, mas até o final do ano ela quer publicar este livro que já voltou a escrever. O livro Francisco Beltrão entre Versos e Sonhos traz a história de nossa cidade em forma de poesia e foi contemplado pela Lei Aldir Blanc. É o primeiro registro da história da cidade contada em versos e foi escrito em poucos dias. “Me propus a escrever e fiz de forma simples usando uma linguagem que independente da idade, as pessoas possam entender a linda história da nossa querida Francisco Beltrão”, diz a poetiza. 

Joceane destaca que escrever poesia lhe remete a momentos de prazer e satisfação, pois através da poesia ela expressa seus sentimentos. “Escrever é algo que me faz vibrar, saber que alguém vai ler meus versos e que através deles posso deixar uma marca na história me deixa muito feliz. Quero poder contribuir com a cultura, incentivando que sejam realizados recitais de poesias para dar oportunidade para outras pessoas de apresentarem seus poemas. A poesia me completa, me deixa realizada, é uma forma de eternizar os sentimentos e gerar diferentes pontos de vista, independente do momento que se lê, por isso sou apaixonada pela poesia”, finaliza Joceane.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é






 



















ETCHEVERRY SANTI REBELATTO UMA HISTÓRIA DE AMOR COM A MÚSICA

 

ETCHEVERRY SANTI REBELATTO UMA HISTÓRIA DE AMOR COM A MÚSICA

Etcheverry Santi Rebelatto nasceu no dia 16 de dezembro de 1993 em Francisco Beltrão, filho de Roniedson Rebelatto e Dotsy Myrna Santi Rebelatto, Etcheverry namora Ana Cristina Kieling. Ele é músico multi-instrumentista, cantor e professor de música, graduado em música com especialização em canto pelo conservatório Antonio Buzzolla em Adria no estado de Vêneto, na Itália.

Quando ele tinha quatro anos de idade começou a fazer aulas de piano na escola de música Sonata que é da família, mesmo antes de começar a estudar piano ele já tinha contato com a música, sempre junto com a mãe. “Minha mãe conta que quando eu e meu irmão éramos bebês e ela dava aulas, nos colocava no bebê conforto do lado do piano, sempre estávamos junto com ela nas aulas e nos acostumamos com o som dos instrumentos. Escolhi o piano muito pequeno, pois ficava encantado vendo minha mãe tocando, inspirado nela decidi aprender o instrumento e logo depois fui aprender outros instrumentos. Eu fiz aulas de todos os cursos que a Sonata oferece e aos seis ou sete anos comecei a estudar partituras, fui incentivado pelos meus pais, mas sempre tive amor pela música”, lembra Etcheverry.

Com nove anos de idade Etcheverry começou a estudar violino com o professor Ladislav, ao mesmo tempo que estudava bateria, piano, flauta, violão clássico e popular e viola caipira, a qual se especializava em Cascavel. Roniedson levou Etcheverry durante três anos para realizar o curso de viola caipira em Cascavel, depois trouxeram as aulas para a escola de música Sonata. O irmão Giovani também gostava de música, estudava violão e guitarra e os dois irmãos juntos passaram a dar aulas na escola da família.

Quando Dotsy trouxe o canto gregoriano para Francisco Beltrão, no ano de 2005, Etcheverry tinha 11 anos de idade e passou a acompanhar a mãe nos ensaios do coral. Dotsy percebeu que o filho tinha um talento natural para o canto e só precisava de treino, então o convidou para fazer parte do coral e ele aprendeu impostar a voz e cantar. Etcheverry não tinha idéia do seu potencial vocal, ele cantava baixo e se considerava tímido, mas Dotsy percebeu que ele seria um aluno dedicado e tinha um dom natural para a música.

Em 2007 Etcheverry participou do seu primeiro festival de música erudita em Poços de Caldas Minas Gerais, onde no concerto final ele apresentou a música em alemão “Ich Liebe Dich”. Como Etcheverry já cantava em Latim no coral que Dotsy ensaiava, aprendeu a cantar músicas em outros idiomas também. No ano seguinte ele participou novamente do festival em Minas Gerais e conheceu professores de renome nacional como foi o caso do professor Francisco Campos que o convidou para estudar em São Paulo. Uma vez por mês ele e seu pai pegavam o ônibus para ir para São Paulo onde ele estudava canto Lírico, isso aconteceu até o final de 2009.

Em 2009 ele foi estudar nas Belas Artes em Curitiba, estava fazendo um curso preparatório para a faculdade e concluindo o ensino médio. “Participei de uma audição para um curso no Teatro Guaíra aonde uma vez por mês uma professora da Itália vinha dar aulas. Em cada aula ela trazia um maestro para nos ensinar, por exemplo um deles era Massimiliano Carraro que era regente de coro do teatro La Scala de Milão e amigo de Pavarotti. Meus colegas vindos de todo o Brasil eram mais velhos, cantores com anos de experiência e eu um menino de 16 anos que sonhava com uma das três bolsas de estudos para fazer aulas na Itália, que seria oferecida no final do curso. Me dediquei muito e a professora Luisa Giannini me deu esta oportunidade, tivemos que adiantar o final das aulas do ensino médio para que eu pudesse ir para a Itália, meu pai deu todo o suporte e foi comigo, pois eu ainda não tinha 18 anos e era complicado sair do país sozinho. Mas tudo valeu a pena, sempre incentivado pelos meus pais e tendo o apoio do meu irmão foi possível realizar o curso de 4 anos na Itália”, relata o cantor.

No ano de 2010 então Etcheverry embarca para Italia, com a bolsa de estudos oferecida pelo governo italiano, ainda aos 17 anos de idade. Conseguiu antecipar os estudos e retornar ao Brasil no final do ano de 2013. Já em Francisco Beltrão trouxe muitos professores da Itália para dar aulas no “festival internacional de música Sonata”, festival de música com oficinas e apresentações criado pela família, o qual oferecia também bolsa de estudos para a Italia, destinado a alunos do festival selecionados por Etcheverry e maestro Elio Orio (atual diretor do conservatório “Cesare Pollini” de Padova, Italia. “Meus pais lutaram muito para realizar meu sonho, cada um fazendo sua parte sempre pensando em me dar o melhor e o mais importante, sempre com muito carinho. Eles perceberam muito cedo minha vontade e dedicação. E eu tento retribuir tudo que recebi, dou aulas na escola e tento ajudar outros alunos com oportunidades de estudar fora do país”, conta emocionado Etcheverry.

Além de dar aulas na escola de música da família, ele realizou diversas tournês com a Orquestra Filarmônica UniCesumar (Maringá, PR), Big Band Belas Artes (Curitiba, PR) Orquestra Filarmônica de Valinhos (SP), Orquestra Sinfônica de Ponta Grossa (PR), entre outros, e começou a realizar também apresentações de música popular.

Etcheverry iniciou então, em meados de 2015, alguns projetos junto com bandas como por exemplo o show “Tributo a Elvis” com a banda “Chumbo Dirigível”. “Minha mãe sempre foi fã de Elvis Presley e eu me interessei em estudar a história dele. Aos poucos ia tirando músicas do cantor, então surgiu a idéia de fazer um tributo a Elvis. Eu e o Chumbo Dirigível montamos uma apresentação com 18 músicas e a participação de um quarteto de cordas e metais. Viajamos pelo Paraná com as apresentações para homenagear o Rei do Rock”, diz Etcheverry.

Foi neste periodo então que se desenvolveu a ideia de unir a música popular com a erudita, trabalhando com bandas e orquestras. Como por exemplo outro espetáculo chamado “Tributo a Elvis”, realizado em outubro de 2019, o qual Etcheverry realizou junto com a Sinfônica de Ponta Grossa um show com músicas de Elvis Presley arranjados para orquestra e banda, o qual contava com 64 músicos no palco. Paralelo a isso e as aulas de música, o cantor tem sua banda que, desde 2016, está na ativa apresentando um tributo a “Creedence Clearwater Revival”.

Durante os três anos que ele estudou na Itália teve a oportunidade de conhecer muitos artistas, como por exemplo os músicos da HPQ, o qual é o único grupo estável em atividade de “mandolinistas” italianos, da região de Puglia, sul da Italia. Junto com a HPQ, Etcheverry realizou apresentações na Italia, Japão e também no Brasil, quando o grupo veio em 2016 e 2018 para duas turnês pelo sudoeste do Paraná.

 Etcheverry objetiva continuar com a Sonata e dar seqüência ao trabalho que vem sendo realizado pelos pais, sempre trazendo professores que possam contribuir no aprendizado dos alunos. “Quero sempre trazer novidades, trabalhar para contribuir com a Cultura e garantir que ela seja de qualidade. Conheci muitas pessoas durante estes anos e sempre estudei muito, desta forma, em reconhecimento a minha dedicação os professores da Itália sempre que podem vem para Beltrão ensinar nossos alunos”, enfatiza Etcheverry.

Etcheverry não se imagina fazendo outra coisa da vida que não seja ligada a música. A exemplo de Dotsy que nos disse que diariamente encontra forças para realizar seu trabalho com muito amor e dedicação, ele também entende que a missão de sua vida é levar música para as pessoas. “A música transcende o entendimento, ela mexe com sentimentos e emoções, música ajuda a dar vida. A arte é a minha vida, ela é minha inspiração diária, minha motivação, minha missão neste mundo, eu nasci para a música”, conclui Etcheverry.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é











MAURO CESAR CISLAGHI TRAJETÓRIA DE UM MAESTRO

MAURO CESAR CISLAGHI TRAJETÓRIA DE UM MAESTRO

Mauro Cesar Cislaghi nasceu no dia 1º de setembro de 1978, na cidade de Lages em Santa Catarina. Filho de Irineu Paulo Cislaghi e Íria Solange Gil Cislaghi, casado com Fabiane Picinin de Castro Cislaghi e pai de Guilherme e Felipe. Mauro é formado em licenciatura em música e fez mestrado em música na Udesc de Florianópolis, ele é professor de música, maestro do coral e da orquestra da UTFPR campus Francisco Beltrão.

Quando Mauro tinha apenas seis anos de idade gostava de fazer percussão com objetos da cozinha de dona Íria, aos sete anos teve iniciação na música fazendo curso de flauta doce. Dona Íria gostava de cantar e o filho cresceu com essa referência. Quando Mauro fez 10 anos foi fazer aulas de violão e aos 12 começou o curso de guitarra, fazia os dois juntos. Na época ele tocava pop e rock, começou a ouvir música clássica e se interessou pelo estilo. O professor fazia parte de uma banda de rock chamada “Razamanaz” onde ele tocava guitarra e fazia vocal, desde os 13 anos. Aos 16 ele e os amigos começaram a tocar músicas clássicas no estilo rock and roll a banda se chamava “Amigos de Mozart”.

Mauro sentia prazer em estudar música, era muito dedicado e ensaiava diariamente, sempre muito disciplinado conciliava os estudos da escola com a música. “Quando terminei o ensino médio decidi fazer faculdade de música em Florianópolis, durante o curso superior aprendi a tocar clarinete em aulas particulares paralelas à faculdade. Também durante o curso comecei me interessar por arranjos e composição e comecei compor e fazer arranjos para grupos instrumentais e vocais”, conta Mauro.

Em 1999 ele ingressou na orquestra sinfônica de Santa Catarina e da Camerata de Florianópolis. Enquanto cursava a universidade começou a dar aulas em escolas de música: Escola Hélio Amaral e Compasso Aberto e depois na Escola de música Camerata Florianópolis. Depois de formado foi dar aulas também em Blumenau e participou de gravações em estúdios tanto em músicas populares quanto eruditas fazendo arranjos e composições inclusive para trilhas sonoras de cinema.

Em 2004 começou a trabalhar como regente e lecionar no curso de licenciatura em música na Uniplac em Lages SC onde ficou até 2011. Lecionando ele percebeu que precisava estudar mais e em 2007 entrou no mestrado em Música na UDESC em Florianópolis. Em 2010 prestou concurso para a UTFPR em Curitiba, ficou em primeiro lugar e assumiu a vaga em julho de 2011. “Minha esposa passou no concurso da UTFPR e veio trabalhar em Francisco Beltrão. Eu morava em Curitiba então tentamos a transferência dela para a capital do Paraná, porém não conseguimos. Permanecemos um tempo no trajeto Beltrão Curitiba até que finalmente eu consegui transferência para Francisco Beltrão em 2013”, relata o professor.

Ao chegar em Beltrão Mauro montou um coral e um grupo instrumental com alunos, servidores e também pessoas da comunidade externa. “Quando começamos os participantes não tinham noção da dinâmica de ensaio do Coral, aí foi preciso um tempo para o coral amadurecer. Os integrantes têm a partir de 16 anos e não tem limite de idade para fazer parte do Coral da UTFPR”, diz o maestro. 

Do grupo instrumental que havia começado junto com o coral, Mauro montou a Orquestra da UTFPR.“A Orquestra tem a participação de alguns músicos experientes da cidade o que desde o início já auxílio no excelente nível artístico do grupo”. Tanto o coral quanto a orquestra passaram a fazer diversas apresentações e ficaram cada vez mais conhecidos na cidade e também em outras cidades do estado do Paraná e Santa Catarina. Mauro procura sempre inovar e trazer um repertório ampliado. Eles participaram do 3º Rock Culture promovido pela administração municipal de Francisco Beltrão onde orquestra e coral tocaram músicas de rock no estilo erudito. “Gasto mais energia com o coral do que na orquestra, pelo fato de ter participantes do coral que não ter formação musical, demanda mais cuidado ao reger; já na orquestra são movimentos mais sutis, mas tenho muito prazer em ser regente da orquestra e do coral”, enfatiza o Maestro.

Mauro relata que a música ajuda muito os alunos, tanto na concentração, socialização, expressão artística, inclusive ajuda a relaxar e para os mais tímidos, que encontravam dificuldades de apresentar trabalhos, a música ajudou na comunicação. “Além de todo este benefício que a música proporciona ela dá o acesso a cultura e fatos ligados a história. A música traz alegria para quem participa e para quem ouve, pois ela mexe com as emoções. Precisamos tornar as artes mais democráticas, garantir que mais pessoas tenham oportunidade de ter contato com elas”, declara o professor.

Ele conta que pensou em fazer psicologia, mas o amor pela música falou mais alto, e pode perceber que fez a escolha certa, hoje não se imagina fazendo outra coisa que não seja ligada a música. Sempre se aperfeiçoando, no início do ano passado durante a pandemia, Mauro começou a estudar sistematicamente o violino, para começar ensinar o instrumento para os alunos da universidade. “A arte na minha vida não é apenas uma profissão, é uma missão, eu nasci para trabalhar com a música”, finaliza Mauro. 

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é








LORI DA SILVA O MÚSICO APAIXONADO POR ACORDEOM

LORI DA SILVA O MÚSICO APAIXONADO POR ACORDEOM

Lori da Silva nasceu no dia 14 de outubro de 1972 em Pérola do Oeste. Filho de Dalirio e Maria Sales da Silva, casado com Rosane Guedes e pai de Malena Guedes da Silva. Lori é músico acordeonista, tecladista e cantor.

A família de seu Dalírio morava numa comunidade do interior de Pérola do Oeste chamada Coxilha Bonita e vivia da agricultura. Quando Lori tinha 12 anos o irmão Derli resolveu comprar um acordeom. “Naquela época os recursos eram poucos que meu irmão trocou uma junta de bois, ele desejava aprender a tocar e queria que eu também tocasse. Depois da escola eu e ele ficávamos ouvindo as músicas que tocavam no rádio para copiar as letras, depois na torcida para que o locutor tocasse ela outra vez, para eu e ele pudéssemos tentar tocar a gaita acompanhado a música. Ensaiamos muito e aprendemos sozinhos, logo ele comprou um violão e montamos uma dupla”, conta Lori.

Quando Lori tinha 17 anos seus pais se mudaram para o município de Cotriguaçu no Mato Grosso, o irmão Derli, que era um pouco mais velho ficou em Pérola e Lori começou a tocar e cantar sozinho até ser descoberto por uma dupla de Juína MT. “Eles foram para a cidade que eu morava tocar num comício de um político e eu cantei uma música com eles, Juarez e Gilmar, esta era a dupla, imediatamente fui convidado para acompanhá-los ate o final da campanha. Um deles tocava guitarra e outro contrabaixo, eu fui tocar gaita e fazer vocal, fiquei em Juína três meses e depois da campanha retornei para Cotriguaçu”, lembra o músico.

Logo depois ele foi convidado para fazer parte de uma banda dos primos em Santa Terezinha de Itaipu, foi então que Lori começou a tocar teclado e permaneceu na banda que tocava bailões durante três anos. Com 20 anos de idade o acordeonista se mudou para Pato Branco e foi tocar com a banda de música gaúcha “Mensagem Gaúcha”. Num baile conheceu Rosane, começaram a namorar e decidiram se casar, se mudar para Francisco Beltrão onde morava a família da moça. Em Beltrão Lori entrou no Grupo Estância, desta vez tocando Gaita, teclado e fazendo vocal. Permaneceu cerca de oito anos e fazia apresentações em toda região.

Lori foi ficando cada vez mais conhecido e surgiu o convite para tocar na banda “Mil e Uma Noites” que era especialista em Festivais, além de tocar bailes sociais e de formaturas. “O músico de festivais aprende a tocar todos os estilos, ele precisa ser ágil e acaba tendo um repertório vasto para acompanhar os competidores, é uma grande escola para qualquer músico. Conheci muitas pessoas fiz amigos e recebi convites para trabalhar em outras bandas. Acabei me mudando para Horizontina no Rio Grande do Sul, para fazer parte da banda de baile Hawai, neste tempo toquei com grandes músicos e fiz muitos amigos, na banda Hawai eu tocava apenas teclado e fazia vocal, não tocava gaita, foram dois anos e tocávamos em media 20 bailes por mês”, enfatiza Lori.

Ao retornar a Francisco Beltrão Lori tocou por mais um tempo na banda “Mil e Uma Noites” e “Banda A”, porém em 2005 decidiu sair e tocar em barzinhos. Ele juntou um dinheiro e comprou equipamentos e foi tocar ao lado de Arilson Antunes de Lara. A dupla se apresentava em vários bares e restaurantes, faziam casamentos e a primeira apresentação foi no Belisco que era de propriedade de Ito de Lara irmão de Arilson. Dois anos mais tarde foi convidado por Cleudenir Daros a montar um trio, ele aceitou o convite e assim surgiu Musical Sintonia Do Som.

Depois de um tempo Cleudenir Daros pediu para Lori ajudar montar uma banda, pois ele conhecia muitos músicos. Ele ficou dois anos e retornou ao trio Sintonia do Som que era composto por Lori, Arilson e Julio Valgoi. Entre as apresentações começaram a tocar matinês da Terceira Idade. Lori já trabalha em matinês dos Idosos há sete anos.

Lori aprendeu a tocar gaita, cantar e tocar violão na infância apenas de ouvir as músicas, depois que deixou de tocar com o irmão Derli, Lori não tocou mais violão. Mais tarde aprendeu teclado e foi se aperfeiçoar no acordeom fazendo aulas com Antônio Araí para prender as escalas musicais. Atualmente Lori esta estudando para trabalhar com estúdio de gravação. Sempre foi um músico dedicado e mesmo recebendo elogios de colegas músicos nunca deixou de ser uma pessoa simples e ter humildade. “Eu sempre fui músico e nunca pensei em fazer outra coisa da vida, acredito que nasci com este dom. Sempre fui muito tímido, nunca tive condições de ter instrumentos de última geração, mas dei o melhor em todas as bandas que passei, procurei ajudar e ensinar o que eu sabia para os colegas. Sou muito simples e quando estava na Banda Hawai me pediram um autógrafo e eu não fazia idéia de como faria”, ri o músico.

Lori conta que passou por muitas dificuldades durante todos estes anos de carreira, pois viver de música muita vezes é bem difícil, mas ele jamais pensou em desistir, o amor pela profissão deu suporte e forças para continuar. “Essa pandemia deixou muitos artistas sem trabalho, sabemos como tem sido difícil e tentei me reinventar, desta forma estou estudando muito para aprender a trabalhar com estúdio de gravação que é bem diferente do que eu imaginava, mas continua sendo na área da música que é o que eu amo”, finaliza Lori.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o Artista como Ele é



 











GUILHERME LIMA - ATOR E INFLUENCER

  GUILHERME LIMA - ATOR E INFLUENCER Guilherme Antônio Pariz Lima nasceu no dia 02 de março de 1999 em Francisco Beltrão-PR, filho de Anto...