MAURO CESAR CISLAGHI TRAJETÓRIA DE UM MAESTRO
Mauro Cesar Cislaghi nasceu no dia 1º de setembro de 1978, na cidade de Lages em Santa Catarina. Filho de Irineu Paulo Cislaghi e Íria Solange Gil Cislaghi, casado com Fabiane Picinin de Castro Cislaghi e pai de Guilherme e Felipe. Mauro é formado em licenciatura em música e fez mestrado em música na Udesc de Florianópolis, ele é professor de música, maestro do coral e da orquestra da UTFPR campus Francisco Beltrão.
Quando Mauro tinha apenas seis anos
de idade gostava de fazer percussão com objetos da cozinha de dona Íria, aos
sete anos teve iniciação na música fazendo curso de flauta doce. Dona Íria
gostava de cantar e o filho cresceu com essa referência. Quando Mauro fez 10
anos foi fazer aulas de violão e aos 12 começou o curso de guitarra, fazia os
dois juntos. Na época ele tocava pop e rock, começou a ouvir música clássica e
se interessou pelo estilo. O professor fazia parte de uma banda de rock chamada
“Razamanaz” onde ele tocava guitarra e fazia vocal, desde os 13 anos. Aos 16
ele e os amigos começaram a tocar músicas clássicas no estilo rock and roll a
banda se chamava “Amigos de Mozart”.
Mauro sentia prazer em estudar
música, era muito dedicado e ensaiava diariamente, sempre muito disciplinado
conciliava os estudos da escola com a música. “Quando terminei o ensino médio
decidi fazer faculdade de música em Florianópolis, durante o curso superior
aprendi a tocar clarinete em aulas particulares paralelas à faculdade. Também durante
o curso comecei me interessar por arranjos e composição e comecei compor e
fazer arranjos para grupos instrumentais e vocais”, conta Mauro.
Em 1999 ele ingressou na orquestra
sinfônica de Santa Catarina e da Camerata de Florianópolis. Enquanto cursava a
universidade começou a dar aulas em escolas de música: Escola Hélio Amaral e
Compasso Aberto e depois na Escola de música Camerata Florianópolis. Depois de
formado foi dar aulas também em Blumenau e participou de gravações em estúdios
tanto em músicas populares quanto eruditas fazendo arranjos e composições
inclusive para trilhas sonoras de cinema.
Em 2004 começou a trabalhar como
regente e lecionar no curso de licenciatura em música na Uniplac em Lages SC
onde ficou até 2011. Lecionando ele percebeu que precisava estudar mais e em
2007 entrou no mestrado em Música na UDESC em Florianópolis. Em 2010 prestou
concurso para a UTFPR em Curitiba, ficou em primeiro lugar e assumiu a vaga em julho
de 2011. “Minha esposa passou no concurso da UTFPR e veio trabalhar em
Francisco Beltrão. Eu morava em Curitiba então tentamos a transferência dela
para a capital do Paraná, porém não conseguimos. Permanecemos um tempo no
trajeto Beltrão Curitiba até que finalmente eu consegui transferência para
Francisco Beltrão em 2013”, relata o professor.
Ao chegar em Beltrão Mauro montou
um coral e um grupo instrumental com alunos, servidores e também pessoas da
comunidade externa. “Quando começamos os participantes não tinham noção da
dinâmica de ensaio do Coral, aí foi preciso um tempo para o coral amadurecer.
Os integrantes têm a partir de 16 anos e não tem limite de idade para fazer
parte do Coral da UTFPR”, diz o maestro.
Do grupo instrumental que havia
começado junto com o coral, Mauro montou a Orquestra da UTFPR.“A Orquestra tem
a participação de alguns músicos experientes da cidade o que desde o início já
auxílio no excelente nível artístico do grupo”. Tanto o coral quanto a
orquestra passaram a fazer diversas apresentações e ficaram cada vez mais
conhecidos na cidade e também em outras cidades do estado do Paraná e Santa
Catarina. Mauro procura sempre inovar e trazer um repertório ampliado. Eles
participaram do 3º Rock Culture promovido pela administração municipal de
Francisco Beltrão onde orquestra e coral tocaram músicas de rock no estilo
erudito. “Gasto mais energia com o coral do que na orquestra, pelo fato de ter
participantes do coral que não ter formação musical, demanda mais cuidado ao
reger; já na orquestra são movimentos mais sutis, mas
tenho muito prazer em ser regente da orquestra e do coral”, enfatiza o Maestro.
Mauro relata que a música ajuda muito
os alunos, tanto na concentração, socialização, expressão artística, inclusive
ajuda a relaxar e para os mais tímidos, que encontravam dificuldades de
apresentar trabalhos, a música ajudou na comunicação. “Além de todo este
benefício que a música proporciona ela dá o acesso a cultura e fatos ligados a
história. A música traz alegria para quem participa e para quem ouve, pois ela
mexe com as emoções. Precisamos tornar as artes mais democráticas, garantir que
mais pessoas tenham oportunidade de ter contato com elas”, declara o professor.
Ele conta que pensou em fazer psicologia, mas o amor pela música falou mais alto, e pode perceber que fez a escolha certa, hoje não se imagina fazendo outra coisa que não seja ligada a música. Sempre se aperfeiçoando, no início do ano passado durante a pandemia, Mauro começou a estudar sistematicamente o violino, para começar ensinar o instrumento para os alunos da universidade. “A arte na minha vida não é apenas uma profissão, é uma missão, eu nasci para trabalhar com a música”, finaliza Mauro.
Produção de texto: July Ioris
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