TATI DAVOGLIO – FOTOGRAFA E DESIGNER DIGITAL

 

TATI DAVOGLIO – FOTOGRAFA E DESIGNER DIGITAL

Tatiane Davoglio nasceu em 17 de agosto de 1990 em Cuiabá-MT, filha de Gil Antônio Davoglio Junior. Reside em Francisco Beltrão desde o ano de 1992. Formada em fotografia, designer gráfico e marketing digital.

Atualmente é acadêmica de publicidade e propaganda e desenvolve estudos na área do audiovisual e direção de fotografia.

 “A fotografia esta no meu sangue, meu avô materno Sr. Rivaldale Gusmão (in memoriam) foi um dos primeiros fotógrafos de Cuiabá-MT”.

Em 2013 Tatiane teve seu primeiro contato com a fotografia profissional, quando começou a trabalhar como auxiliar de estúdio e edição de imagens.

 A FOTOGRAFIA AUTORAL

Em 2018 Tati adquire sua primeira câmera profissional, uma Canon T5, com ela a nossa entrevistada começou a desenvolver cada vez mais seu lado artístico, realizando ensaios, estudos e experimentos com a fotografia.

“Eu apenas fotografo o que amo, acredito que o fotógrafo expõe para o mundo, através de sua lente uma visão mais artística da vida e principalmente das emoções humanas”.

 Os ensaios fotográficos realizados por Tati são personalizados conforme a desejo dos seus clientes, porém ela nos revela uma grande satisfação em traduzir através da fotografia um olhar mais artístico do momento:

“Eu gosto de mostrar para a pessoa fotografada a visão que tenho dela através do meu olhar como fotógrafa, é indescritível ver a reação do cliente ao ver-se fotografado de uma perspectiva totalmente diferente da que ele imagina que seja um ensaio fotográfico.”

Tati tem grande admiração pelo fotógrafo Junior Luz, artista catarinense que trabalha com imagens digitais e já expôs no Museu do Louvre, em Paris. Nossa artista revela que a fotografia a maneira com que o fotógrafo trabalha tanto na captura quando edição de imagem é fantástica. Para mim o trabalho dele é a definição de fotoarte, complementa.

STORMPIX

Em 2019 Tatiane realizou um grande sonho, ter seu próprio negócio. O empreendimento começou apenas com fotografia de eventos e ensaios, atenta as mudanças do mercado, em 2022 a empresa passa a se chamar STORMPIX – Agência Digital, empresa beltronense voltada a ao mercado digital, atendendo branding e estratégia de conteúdo, identidade visual, direção de arte, designer gráfico, trafego pago, filmagem, direção e fotografia.

 “Me sinto realizada, costumo dizer que minha empresa é o lugar que mais me valorizou como profissional, eu sempre procuro estudar e me atualizar, para entregar sempre o melhor resultado para meus clientes”.

Atualmente a STORMPIX, conta com equipe multidisciplinar para realizar atendimento completo para os clientes, abrangendo desde o marketing, assessoria de imprensa e serviços de memória institucional.

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"Tati além de ser uma profissional competente tem um olhar artístico aguçado, através da arte da fotografia ela eterniza momentos que passariam despercebidos. Muito mais que fotografar momentos, ela registra através das suas lentes a emoção humana”

 

Redação e ensaio fotográfico: @packardbruno

 

PERFIL

Signo: Leão com ascendente em gêmeos

Comida: Macarronada italiana

Bebidas: Vinho e Cerveja

Estilo musical: New Wave, Rock e Metal

Cantor: Johnny Cash

Cantora: Cristina Scabbia

Ator : Lazaro Ramos e Matheus Nachtergale

Atriz: Gloria Menezes e Fernanda Montenegro

Filmes: Cidadão Kane (1941), Direção de Orson Welles

Birdman (2015), Direção de Alejandro Gonzáles Iñárritu

Livro: Lírica de Camões (antologia), Luís de Camões, (1595)

Cidade: Curitiba

Hobby: Desenho

Sonho: Que a fotografia me proporcione conhecer o mundo.

O que mais aprecia nas pessoas: Sinceridade, honestidade e simplicidade

O que mais detesta nas pessoas: Falsidade, inveja e rancor.

Uma frase: “Eu realmente acredito que há coisas que ninguém veria se eu não as fotografasse” Diane Arbus.

VICTOR BISCOLI – COLECIONADOR

 

VICTOR BISCOLI – COLECIONADOR

Victor Biscoli Ferreira nasceu no dia 02 de setembro de 1998 em Curitiba-Pr, filho único de Marcio Antônio Pereira Ferreira e Ritinha Fátima Biscoli. Atualmente Victor reside em Francisco Beltrão-Pr.

“A maioria das crianças gostava de ganhar carrinhos e brinquedos, eu fiquei muito mais feliz em ganhar o meu ventilador, o primeiro da coleção um Britânia B20 azulzinho”.

A coleção foi aumentando aos poucos e em 2011, Victor começa efetivamente a investir na sua coleção adquirindo peças raras e reunindo modelos icônicos.

OS ITENS DA COLEÇÃO

A Coleção de Victor tem modelos que vão da década de 1920 a modelos mais atuais, com ventiladores de mesa, de teto, pedestal, automotivos, ar dirigido, portáteis e artesanais. O acervo reúne modelo importados fabricados em países como Canada, Paraguay, China, Estados Unidos, Inglaterra, França e Japão, e também de modelos fabricados no Brasil de variadas marcas dentre elas Arno, Britânia, Ventisilva e Cirrus.

Ventiladores que pertenceram a empresas e órgão públicos também fazem parte do acervo de mais de 250 peças contando com equipamentos que pertenceram ao Banestado, Bamerindus, INCRA, SESC e Estado do Paraná.

“A maioria destes ventiladores que foram de instituição eu ganhei de amigos ou encontrei nos ferros velhos e em local de descarte, sempre procuro peças para a coleção e às vezes me deparo com itens muito especiais ou que são muito raras ou emblemáticas”.

 

RESTAURAÇÃO E CONSTRUÇÃO

Os itens deste numeroso acervo nem sempre estiveram nas condições de exposição que se encontram atualmente, muitas peças foram encontradas abandonadas ou muito degradadas. Após a coleta as peças são totalmente desmontadas e revisadas, algumas são somente limpas e outras totalmente restauradas.

“O que mais dificulta a restauração é encontrar as peças de acabamento, por ser um objeto de uso constante, a maioria dos ventiladores são usados até o limite e acabam sucateadas”.

As peças utilizadas na recuperação do acervo são provenientes em sua maioria de oficinas de assistência técnica, segundo Victor algumas vezes as peças demoram pra serem encontradas, mas todo esforço vale a pena quando uma restauração é finalizada.

Victor também tem uma parte de sua coleção dedicada aos ventiladores experimentais, produzidos sobre o nome fantasia de KFP, são peças bastante criativas, inspiradas em modelos reais e imaginários, feitos de peças de desmonte e materiais recicláveis.

“Tenho ventiladores feito de muita coisa, desde motor de geladeira a carrinho de controle remoto, da pra fazer muita coisa, é uma diversão a mais e que acaba exercitando a criatividade, é satisfatório fazer uma peça e ver ela funcionando”

 

SÓ VENTILADORES

Em 2017 Victor criou o canal “Só ventiladores” no Youtube, com o objetivos de mostras os processos de restauração, a história dos modelos e curiosidades do mundo do colecionismo. O canal já conta com mais de 31 mil inscritos e a cada vídeo mais pessoas conhecem o acervo do colecionador.

“Fiz o canal para compartilhar com as pessoas a paixão pela minha coleção e incentivar que outras pessoas também colecionem” 

EXPOSIÇÕES E EVENTOS

Um dos cômodos da casa de Victor e totalmente dedicado a sua coleção, tornando-se um espaço expositivo, que é visitado por amigos e outros colecionadores. Ele é membro do grupo Colecionadores de Antiguidades de Francisco Beltrão e está sempre participando de mostras e eventos, onde segundo ele, muitas pessoas ficam curiosas em saber sobre a coleção e até identificam-se com modelos que usavam no passado.

“Eu gosto muito de participar dos encontros, a amizade entre os colecionadores é incrível, a gente tem um grupo muito unido e sempre está se ajudando e participando de eventos culturais”

Recentemente ele realizou um sonho: conhecer uma fábrica de ventiladores, Victor visitou a fábrica da Ventisol em Palhoça-SC, onde conheceu o complexo industrial e a visitou a coleção particular de ventiladores do Sr. Alexis Tcholakian, executivo da empresa.

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 "Escrever esta matéria sobre Victor foi uma experiência tão interessante quanto conhecer sua coleção. A dedicação que ele tem pelos itens de seu acervo transcende a realização de um desejo pessoal, acredito que os colecionadores são daqueles tipos de artista que contribuem de maneira imensurável com a cultura, afinal a memória é um dos alicerces que dá sentido a vida."

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Redação e ensaio fotográfico: @packardbruno

Demais fotografias: Acervo pessoal do entrevistado

PERFIL

Signo: Virgem

Comida: Massas em geral

Bebida: Café

Música: Músicas antigas, principalmente Rock e MPB

Cantor: Raul Seixas

Cantoras: Ana Carolina e Zelia Duncan

Ator : Jack Black

Atriz: Angelina Jolie

Filme: Kun Fu Panda (2008-2016), Direção de John Stevenson

Livro: Mangás

Cidade: Curitiba

Hobby: Colecionar e restaurar ventiladores

Sonho: Ser piloto de avião

O que mais aprecia nas pessoas: Bondade, compaixão e lealdade

O que mais detesta nas pessoas: Falsidade, inveja e rancor

Uma frase: “Que o vento leve todas as coisas negativas” William Shakespeare

ESTELA VALANDRO – COSTUREIRA E DESIGNER

 

ESTELA VALANDRO – COSTUREIRA E DESIGNER

Maria Estela dos Santos Valandro nasceu no dia 09 de janeiro de 1971 em Santo Antônio do Sudoeste, filha de Antônio Santos Filho e Eraides Santos. É casada com Raul Valandro e mãe de Isabella Valandro.

Com aproximadamente 13 anos Estela começou a trabalhar na empresa DIHAVEL uma indústria de confecções em sua cidade natal, foi lá onde ela teve o primeiro contato com a moda.

“Naquela época arrumar um serviço em firma era como ganhar na loteria, e o trabalho na cidade, por ser pequena era escasso”

No cotidiano de trabalho ela foi aprendendo sobre os processos de produção, funções da empresa e funcionamento das máquinas.

Estela recorda que sempre chegava antes do horário e ficava depois do expediente, para aprender o funcionamento das máquinas e operações da fábrica. A primeira função dela no trabalho de tirar fios, depois foi para o setor de passagem. Com 18 anos, a chefia da fábrica, percebendo que Estela dominava todas as aréas da produção a convidou para ser coordenadora de produção.

Ela relata que sempre gostou de moda, e que sempre acompanha tudo que relacionado ao tema, com revistas, filmes etc. Sua década preferida é a dos anos 1970 e seus estilistas preferidos são Pacco Rabanne, Giorgio Armani, Stella McCartney, Gabrielle Coco Chanel e Yves Saint Laurent.

“Sempre via as modelos nas revistas Manequim, Claudia, Desfile Você, Marie Claire e ficava admirada com os trajes, principalmente os vestidos em estilo vintage”

 

SENAI, UMA OPORTUNIDADE DE CRESCER.

Quando trabalhava na indústria, o patrão de Estela indicou que ela frequentasse um dos cursos da Escola Volante do SENAI, ela matriculou-se então neste que foi seu primeiro curso profissionalizante, ela acabou gostando muito e devido a sua habilidade acabou sendo contratada para trabalhar na escola, ficando três anos na instituição.

“Os cursos do Senai são fantásticos, eles abrem portas e mudam vidas, é muito mais que qualificar a mão de obra, é sobre humanizar e dignificar o trabalho e o trabalhador."

Em 1993, Estela veio morar na cidade de Francisco Beltrão, onde atuou como instrutora de costura, através de uma parceria entre a Facibel – Fundação Faculdade de Ciências Humanas de Fco. Beltrão, Prefeitura Municipal e SENAI. Como instrutora ajudou a formar diversas turmas de alunas que através dos cursos profissionalizantes ingressaram no mercado de trabalho.

“Eu sempre lembro das minhas alunas, até me emociono em lembrar delas, sinto um orgulho imenso em ter contribuído na formação profissional de tantas pessoas” 

Estela paralelamente as aulas no SENAI, também ajudava seu esposo Raul Valandro, nas atividades do comércio da família.

 

Família Valandro: Isabella, Raul e Estela. Arquivo pessoal da entrevistada.

A COSTURA CRIATIVA.

Em 2020, Estela Valandro foi admitida no PSS da Prefeitura Municipal de Francisco Beltrão, passando a atuar como instrutora de Corte e Costura. Ela ministra aulas para mulheres dos Clubes de Mães da cidade e do interior, atendidas através de oficinas culturais oferecidas gratuitamente pela Administração Municipal através do Departamento de Cultura.

Durante as aulas, Estela notou que algumas alunas tinham habilidade para costurar, estas mulheres costuravam muito na juventude e a oficina de corte e costura reavivou esta atividade.

Estela com suas alunas no encerramento do curso de Costura Criativa, realizado no Clube de Mães da Comunidade Rio Pedreiro, interior de Francisco Beltrão-PR.

Peças produzidas pelas alunas da Oficina de Costura Criativa ministrada por Estela Valandro nos Clubes de Mães de Francisco Beltrão-PR.

Estela com suas alunas no encerramento do curso de Costura Criativa, realizado no Clube de Mães da Comunidade de Rio do Mato, interior de Francisco Beltrão-PR. 

Estela com suas criações em exposição no Encontro Municipal de Clubes de Mães de Francisco Beltrão em 28 de maio de 2023.

“Fico impressionada com a qualidade das peças ao final do curso, ver que minhas alunas tem capacidade de fazer objetos lindos, muitas ate conseguem vender suas produções para amigos, familiares, vizinhos...”

Nas aulas da oficina de costura criativa as alunas aprendem a fazer objetos de uso cotidiano com sobras de tecidos, dentre as peças confeccionadas estão bolsas, aventais, chinelos, carteiras, roupões e pijamas e necessaires.

“É uma troca de conhecimentos e de experiências, estar com elas é maravilhoso, são amigas que eu lembrarei pra vida toda, cada uma delas é única e suas histórias de  vida são inspiradoras”

 

FACULDADE DE DESIGNER DE MODA, UM SONHO ALCANÇADO.

Estela sempre esteve atenta que a profissionalização da mão de obra é de suma importância para o sucesso profissional. Como atua diretamente com a área da moda, percebeu a necessidade de atualizar seus conhecimentos , em 2021 ingressou no curso de Design de Moda, na Universidade Paranaense.

“O curso é fantástico, eu me surpreendo com as coisas ensinadas, o conhecimento é viciante e me faz ter cada vez mais vontade de aprender. Esse curso é mais que uma necessidade profissional, é a realização de um sonho”.

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"Entrevistar Estela foi gratificante, sua história de trabalho e de vida são inspiradoras, seus ideais de compartilhar conhecimentos e saberes é o que torna a nossa artista uma pessoa dotada de grande sensibilidade para trabalhar com uma coisas mais importantes do cotidiano de trabalho com a cultura: o ser humano". 

Entrevista e fotografias: Bruno Packard @packardbruno

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PERFIL

Signo: Capricórnio

Comida: Churrasco

Bebida: Espumante

Música: MPB

Cantor: Fábio Junior

Cantora: Gal Costa

Ator : Patrick Dempsey

Atriz: Fernanda Montengro

Filme:  O Vento Levou, de Victor Fleming, 1939 

Livro: 50 Ícones Que Inspiraram A Moda, Paula Reed

Cidade: Francisco Beltrão

Hobby: Visitar e receber os amigos

Sonho: Viagem para o Nordeste do Brasil

O que mais aprecia nas pessoas: Caráter e ética

O que mais detesta nas pessoas: Ódio e soberba

Uma frase: “Se você fizer o que sempre fez, vai conseguir o que sempre conseguiu”

Anthony Robbins

IVONE FABRIS (IN MEMORIAM) - ACORDEONISTA

 

Ivone Maria de Ross Fabris - Foto Dirceu Sanzovo. Acervo Memorial de Francisco Beltrão

IVONE FABRIS (IN MEMORIAM) -  ACORDEONISTA

 

Ivone Maria de Ross Nasceu em Getúlio Vargas-RS no dia 20 de maio de 1936, filha de mais velha dos três filhos de Balduíno e Letícia Maria Salton Saltori de Ross. Residiram também em Santa Rosa (RS), onde Ivone iniciou estudos de música, como aluna interna do Colégio Santa Rosa de Lima. Lá,  a sua professora de música, Tusnelda, lhe ensinou a ler partitura e tocar acordeom, ela vinha de Três Passos pra Santa Rosa para lecionar.

“Meu pai era gaúcho, gostava de gaita, ele quis que eu estudasse gaita e fomos morar em Santa Rosa. Quando eu entrei aqui, em 49, eu já trouxe uma 120 baixos”.

Entrevista ao Jornal de Beltrão, ano 2016

 

NO TEMPO DA RÁDIO COLMEIA E DOS BAILES DE INTERIOR

Ivone e sua família chegaram a Francisco Beltrão em 1949, ainda chamada na época de Vila Marrecas. A família Ross estabeleceu-se na comunidade de Rio do Mato, onde seu pai Balduíno, adquiriu um grande pinheiral, foi lá também onde Ivone conheceu seu futuro marido, Sady Fabris com quem se casou em 12 de Janeiro de 1957, em celebração realizada na cidade de Curitiba-Pr.  O casal teve três filhos: Sadiomar, Glademir e Devarlei.

Nos primeiros tempos de Marrecas e Francisco Beltrão, Ivone animava festas e tocava em bailes acompanhada pelo Sr. Ilso Bonamigo. Em 1957 A Rádio Colmeia de Francisco Beltrão realizou um concurso de acordeonistas, Ivone interpretou a música Saudades do Matão e classificou-se em primeiro lugar.

“Eu ganhei uma faca prateada e 200 cruzeiros, mas era dinheiro. E gastei tudo na loja dos Irmãos Pedron.”

Entrevista ao Jornal de Beltrão, ano 2016.

 

Ivone Fabris no Concurso de Acordeonistas, da Rádio Colméia em 1957. Acervo Memorial de Francisco Beltrão

 

Em 1967, deixou a Comunidade de Rio do Mato para morar na área urbana de Francisco Beltrão, no Edifício Fabris, empreendimento construído naquela época pela família, sendo uma das construções primeiras construções da cidade em alvenaria como um dos maiores de Francisco Beltrão.

Foi aluna da professora Isabel de Mello, com quem aprendeu a tocar órgão eletrônico na Escola de Música Guido D’Arezzo, de 1988 a 1992.

Em 1992 Ivone apresentou-se com a musicista pioneira de Francisco Beltrão, a professora Olga Varella, na estreia da peça teatral O Último dia de Marrecas, de Ivo Pegoraro, com encenação do Grupo de Teatro Afoxé.

Ivone Fabris e Olga Varela, em apresentação durante a estreia da peça “O último dia de Marrecas” em 1992. Acervo Jornal de Beltrão.

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ACERVO HISTÓRICO: UM LEGADO PARA O FUTURO

Ivone sempre foi grande incentivadora da cultura, além da música tinha paixão por história e doou entre 2004 e 2015 mais de 400 itens históricos, que contribuíram para o crescimento do acervo do Museu da Colonização e do Memorial de Francisco Beltrão.

Ivone Fabris acompanhada pela Diretora de Cultura, Tania Ghedin, Sandra Baggio e Priscila Ghedin, com algumas das muitas peças doadas por Dona Ivone ao Museu da Colonização em 2004. Acervo Memorial de Francisco Beltrão - Coleção Departamento de Cultura. 

O RECONHECIMENTO DE UMA PIONEIRA

De 2005 a 2007 frequentou a Sonata Escola de Música e aprendeu a tocar harpa, com a professora Dotsy Santi Rebelatto, o instrumento despertou a curiosidade de Ivone, que logo no primeiro ano de suas aulas apresentou-se na Semana da Música, evento realizado pelo Conservatório Musical de Francisco Beltrão entre os dias 20 e 23 de setembro de 2006.

Ivone Fabris apresentando-se na Semana da Música, evento realizado pelo Conservatório Musical de Francisco Beltrão entre os dias 20 e 23 de setembro de 2006. acervo Memorial de Francisco Beltrão - Coleção CMFB.

Ivone Fabris apresentando-se no VII Encontro de Corais, realizado em 26 de setembro de 2007, no Espaço da Arte. Acervo Memorial de Francisco Beltrão - Coleção Departamento de Cultura.

Em 23 de maio de 2015, Ivone Fabris recebeu Moção de Aplauso, a iniciativa da vereadora Maria de Lourdes Pazzini. O plenário ficou lotado . A forma de Ivone agradecer aos vereadores foi através de uma apresentação de acordeom, companheiro de uma vida toda.

Ivone Fabris faleceu em Francisco Beltrão, no dia 10 de novembro de 2018, deixando um legado como uma mulher pioneira, que teve coragem de aventurar-se em uma terra desconhecida, onde constituiu família e contribuiu de maneira imensurável com o desenvolvimento do nosso município.

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Tive a oportunidade de conhecer Ivone Fabris em 2015, quando fez uma grande doação de objetos históricos para o Museu da Colonização e para o Memorial de Francisco Beltrão, Dona Ivone, algumas vezes ia até o museu, nos dava dicas de como cuidar das antigas e preciosas peças de tecido, levava um pote de sorvete e sua gaita, presentando os visitantes com músicas do passado, fazendo com que a atmosfera daquelas visitas se tornasse algo especial. Dona Ivone era assim, mulher simples, com um legado de uma vida de trabalho e dedicação a família, sempre sorridente e animando a todos ao tocar a sua “Todeschini 120 baixos”.

Pesquisa e Redação: Bruno Packard @packardbruno

Bibliografia e acervos:

• Memorial de Francisco Beltrão
• Jornal de Beltrão / Ivo Pegoraro
• Departamento Municipal de Cultura
• Conservatório Musical de Francisco Beltrão