“Conhecendo o Artista como ele É”. MARCIO ROQUE RONSANI

MARCIO ROQUE RONSANI
Marcio Roque Ronsani nasceu no dia 12 de fevereiro de 1971 na comunidade de Nova Concórdia interior de Francisco Beltrão. Filho de Darci Ronsani e Conceição Rodrigues Ronsani e irmão de Rose e Mauro. Casado com Suzana Cabral, pai de Eliziane, Andrieli, Mayra e Otávio, avô de Samuel e Ana. Marcio é artesão e sempre trabalhou no ramo de materiais de construção. Atualmente trabalha na empresa Fopar e nos horários de folga trabalha com arte.
Aos 18 anos Marcio veio morar na cidade para trabalhar, ele sempre trabalhou com vendas. Marcio entrou em contato com o mundo de jogos de azar e bebidas alcoólicas, durante muitos anos teve sérios problemas com estes vícios, ele passou por muitas dificuldades. Aos 27 anos de idade após perder seu irmão por causa do álcool, ele resolveu fazer algo para se ocupar e deixar os vícios. Antes, porém passou por uma casa de recuperação e fez um tratamento. Quando retornou lembrou que na escola tinha feito um trabalho com palitos de fósforo e resolveu tentar fazer algum monumento com os palitos.
Tânia Penso Ghedin e Carmes Franciosi quando foram conhecer seu trabalho resolveram convidá-lo para fazer a reprodução de monumentos turísticos de Francisco Beltrão para depois colocar em exposição. A primeira obra que Marcio reproduziu foi a Igreja da Comunidade de Seção Jacaré no ano de 2004. Desde então ele reproduziu diversos monumentos como a Torre da Concatedral, Concatedral Nossa Senhora da Glória, Antigo Colégio Nossa Senhora da Glória, Antiga Ponte da Cango, Estádio Anilado, Capela São Cristóvão, Museu da Colonização entre os principais. Sempre fazendo “maquetes” de monumentos que fizeram parte da história de Beltrão, muito detalhista e perfeccionista, Marcio capricha em suas obras e reproduz com fidelidade de detalhes.
Ele utiliza palitos de fósforo, palitos de picolé, papelão, cola branca e insulfilm, para construir suas obras. Marcio é autodidata, nunca fez curso de artes e desenvolveu a própria técnica para trabalhar em suas obras. Inicialmente ele faz “Croquis” no papel e depois constrói suas obras com os palitos. De todas as obras a mais demorada foi a Torre, Marcio utilizou 30.040 palitos e ficou seis meses trabalhando nela. “Os mais difíceis de reproduzir são os que não existem mais, pois preciso me basear em fotos e tentar desenvolver uma escala métrica própria para imaginar as reais dimensões. Já os monumentos existentes posso visitar quantas vezes for necessário para ver os detalhes”, comenta o artista.
Ele participa de palestras especialmente em escolas, sempre mostrando suas obras e falando que foi através da arte que superou os vícios. Marcio se mantém limpo há 19 anos e ocupa sua mente com as obras. Sempre participou de Exposições e já foi entrevistado por diversas emissoras de Televisão, Rádios, Jornais e revistas de toda a região. “Não tenho vergonha de contar minha história, quando decidi que precisava mudar de vida e parar de preocupar minha família procurei a casa de recuperação e depois algo para ocupar meu tempo e mente. Sempre tive um bom acompanhamento espiritual que é muito importante para continuar e não ter recaídas. Além disso, tive muito incentivo da minha mãe, eu precisava dar orgulho para ela e mostrar que eu era capaz”, relata emocionado Marcio.
Ele tem um local restrito para trabalhar e sempre trabalhou sozinho, não tem muito espaço para guardar meus monumentos, seria muito importante se tivesse um local para deixar as obras expostas e desta forma muitas pessoas poderiam conhecer. “Em todas as exposições que levei as obras, as pessoas visitavam e contavam histórias de suas vidas, os monumentos fazem com que as pessoas lembrem-se de algum momento especial de suas vidas especialmente os que não existem mais. Minha arte também é uma forma de resgate da história de Francisco Beltrão, isso me deixa emocionado”, diz o artista.
Ele conta que no passado sua mãe lhe perguntou o que ele queria ser na vida? Pois a vida passa e as pessoas serão lembradas pelo que fizeram de bom ou ruim. “Ela me perguntou como eu queria ser lembrado? Isso me fez parar e pensar, o amor de minha mãe me fez perceber que eu precisava mudar e eu respondi: ‘mãe eu vou dar orgulho para a senhora’. Hoje ela diz: ‘meu filho é um artista’, sinto muita gratidão ao amor e incentivo de minha mãe e de toda a minha família”, enfatiza Marcio.
 “Minha arte representa algo muito bom em minha vida, sinto prazer no que faço, ocupo minha mente e consigo manter o foco nisso. Ela me transformou, já fui desprezado por causa do vício e hoje sou reconhecido através do meu trabalho, isso motiva, o reconhecimento me fortalece e poder contar minha história é gratificante”, finaliza Marcio Ronsani. 

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o artista como ele é.

#EquipeCulturaFB















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