ROBERTO SUTIL DE OLIVEIRA
Roberto Sutil de Oliveira nasceu no dia 27 de dezembro de 1977 no Salto do Lontra. Filho de Dercino e Eugênia Sutil de Oliveira, casado com Fransciele Maliski e pai de Ângelo Miguel e Giulia Louise. Roberto é ator, diretor, professor e palhaço profissional.
Quando Roberto tinha dois anos de idade à família se mudou para Francisco Beltrão, seu Dercino era acordeonista e gostava muito de brincar e fazer piadas, ele se vestia de mulher e ia para a rua brincar com os viúvos. Roberto teve contato com arte desde pequeno e o pai influenciou no mundo artístico, ele também sempre gostou de fazer rir e participava de teatros na escola. Ele tinha muita vontade de fazer faculdade de artes cênicas, porém quem foi para Florianópolis cursar Artes Cênicas foi sua irmã.
Em 1995 Roberto conheceu Vilmar Mazzetto durante a gincana da Independência e logo depois foi trabalhar com Vilmar de secretário da Companhia de Teatro, em pouco tempo ele estava fazendo sonoplastia e logo depois passou a fazer teatro. A primeira peça que Roberto atuou foi “Brincar de ser artista”. Ele ficou dois anos na Thespis como ator profissional e vivendo de sua arte. Ele ficou alguns meses fora do teatro por pressão da família, mas acabou retornando num projeto que Vilmar desenvolveu onde Roberto dava aulas de teatro para crianças de oito a 11 anos, o projeto em Francisco Beltrão teve duração de um ano e depois foi para Salgado Filho, onde Roberto trabalhou dois anos.
Roberto acabou se envolvendo com bebidas alcoólicas e drogas que acabaram atrapalhando sua vida pessoas e carreira, muitas vezes ele não tinha condições de subir no palco. Sofreu preconceito por trabalhar com teatro, muitas pessoas achavam que pelo fato dele ser ator era homossexual, recebia críticas do seu pai. Quando em 2002 decidiu ir para Curitiba fazer faculdade de Comércio Exterior de depois de Administração, porém não concluiu o curso, durante sete anos trabalhou com comércio e em escritório.
“Tentei ser normal, trabalhar e não só fazer teatro, mas foi neste período que eu me perdi nas drogas e no álcool. Até que um dia vendo umas fitas no vídeo cassete, com peças que eu atuei, fui questionado pelo meu irmão Rivelino que perguntou quem era o cara na televisão e eu respondi que era eu. Rivelino disse que aquele cara da TV não era o mesmo, aquele cara se perdeu isso me fez pensar e resolvi resgatar as raízes e voltei para Beltrão”, conta Roberto.
Quando Roberto voltou foi convidado por Vilmar Mazzetto para participar da peça de teatro sobre os 50 anos da Revolta dos Posseiros. Roberto interpretou Vitório Traiano “O repórter Esso” e foi muito elogiado pelo público, fazia sete anos que Sutil não subia nos palcos. Depois desta peça Ele foi convidado por Vilmar para voltar para a Thespis. Em 2009 ele começou a faculdade de artes em Ampére e foi dar aulas de artes visuais em escolas de Beltrão, aos poucos dava aulas de teatro também.
Uma aluna da escola Tânia Mazzetto convidou Roberto para ir com ela na Igreja e depois assistir um show Góspel, no dia 12 de julho de 2009 quando assistiu o culto na Igreja Betel decidiu parar de beber e de usar drogas. “Eu precisava mudar de vida, deixar estes vícios, recuperar a credibilidade dos meus familiares e dar exemplo aos meus alunos. Neste culto a minha vida se transformou hoje meu único vício são os doces, tenho muitos doces em casa e são só meus, não divido nem com meu filho”, brinca Sutil.
Lá na Igreja começou a fazer parte do grupo de teatro e logo estava coordenando projetos e montando peças. Foi lá que ele se fortaleceu e conseguiu se manter longe dos vícios. Sabendo disso, Gilberto Zangrande ajudou Roberto a fazer um curso de atualização de teatro no Rio de Janeiro. Ele estudou e fez figurações e participações em novelas na TV Globo e Record, além de participar de curtas e ter contato com grandes atores e diretores de Televisão. Sutil fez curso também com Thais de Campos e recebeu muito incentivo, todos comentavam que ele tinha talento especialmente para a comédia.
Roberto pode perceber que ele tinha valor e viu que depois que deixou os vícios de lado muitas coisas boas estavam acontecendo em sua vida. Em 2011 convidado por Senhoras de Rotarianos criou o personagem Lindoval Lindo que é o carro chefe dos seus personagens. Um momento muito importante com este personagem foi poucos quando ele teve que interpretar e fazer rir poucos dias após a morte de sua mãe. “Neste momento eu precisei vestir o personagem e fazer o público rir, pude ver que eu era um bom ator, fazer rir com o coração doendo é difícil, mas foi necessário”, afirma Roberto.
Em 2015 resolveu fazer curso de dança no CTG e encontrou Franciele, que havia sido colega de escola, mas não se viam há muitos anos. Os dois formaram par na dança e nasceu um grande amor. Hoje eles trabalham juntos na peça Família Noel onde Roberto é o Papai Noel, Franciele a Mamãe Noel e os filhos são os duendes. “Ela me apóia, me incentiva me ajuda em tudo, ela me aceita como eu sou nos amamos muito. Eu não podia imaginar que aquela moça bonita da escola um dia seria a minha esposa, mas eu conquistei o coração dela e somos muito felizes”, enfatiza Sutil.
Neste ano Roberto Sutil completa 25 anos de carreira como ator e diz que não saberia fazer outra coisa de sua vida. “Minha arte significa tudo para mim, é meu sustento, eu e minha família vivemos da arte. Eu tentei ser normal e não ser ator, mas é isso que eu amo fazer eu não sei viver de outra forma”, completa Roberto.
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