DORVALINO DOS SANTOS UM GAITEIRO APAIXONADO PELO ACORDEON
Dorvalino dos Santos nasceu em Francisco Beltrão no
dia 23 de maio de 1969, filho de Dirceu e Sebastiana dos Santos. Dorvalino é
casado com Natália Camargo e pai de Abamael, Isael e Ellen. Conhecido como
Guinho acordeonista, ele é um apaixonado pelo instrumento eu aprendeu tocar
sozinho, só ouvindo rádio.
Quando Guinho tinha apenas cinco anos costumava
ouvir a Rádio Marombi de Curitiba, nesta rádio tocavam músicas evangélicas e o
menino ficava horas ouvindo, já era apaixonado por música. Seu Dirceu comprava
discos para a família ouvir e quando a pilha do toca-discos acabava, o menino
rodava com o dedo para continuar ouvindo, especialmente os gaiteiros, na época
não tinha energia elétrica. Seu Dirceu era acordeonista, violinista e tocava
gaita de boca. Guinho via o pai tocando e observava com atenção, quando o pai
não estava em casa ele pegava o acordeom escondido e tentava tocar, seu pai
achava ele pequeno para aprender. “Eu consegui tirar um hino e todo empolgado
contei para meu pai, ele não acreditou que eu já sabia tocar, foi uma grande
surpresa”, conta Guinho.
Ao ver Dorvalino tocando seu Dirceu resolveu comprar
um acordeom para o menino. Ele incentivou Guinho, porém a gaita estava com o
fole rasgado, mas seu Dirceu fez um fole artesanal e deixou a gaita em
condições para Guinho praticar. Aos 10
anos ele tocava na Igreja os Hinos Evangélicos junto com a Orquestra da
Assembleia de Deus. O pai sempre incentivou o filho, mesmo sem nunca ter feito
aula de música e sem conhecer as técnicas, Guinho toca qualquer tipo de música.
Sem que o pai soubesse Guinho tocava músicas sertanejas que sempre gostou, seu
forte é sertaneja raiz, mas ele também é conhecido por tocar o hino dos times
de futebol.
Aos 18 anos ele saiu de casa e começou a tocar as
músicas de Gilberto e Gilmar e Milionário e José Rico que ele gostava muito,
nesta época seu pai já tinha comprado um acordeom novo para ele. Sempre que
saia com os amigos levava o acordeom e tocava para os amigos. “Eu sempre
recebia convites para tocar em festas e comecei a ganhar meu dinheiro, mas
sempre tive outra profissão, não vivia da música, fazia por amor”, enfatiza
Guinho.
Quando ele começou a tocar não cantava e nem
conhecia as notas musicais, quando via um gaiteiro tocar perguntava que nota
era e assim foi aprendendo. Aos 20 anos começou a cantar por causa da
insistência dos amigos. Sempre teve muita facilidade de aprender as músicas,
basta ouvir duas ou três vezes que já sai tocando. Logo depois formou dupla com
o irmão Davi, a dupla durou cinco anos e eles tocavam músicas evangélicas.
Depois que a dupla separou ele continuou tocando e cantando. “Eu recebi convite
para tocar em banda, conjunto, mas não aceitei, pois precisava viajar e eu não
gosto”, explica Dorvalino.
A filha de quatro anos já canta quando Guinho toca
seu acordeom, ele tem muita vontade de tocar em escolas, hospitais para ajudar
as pessoas, pois ele acredita que a música ajuda na recuperação. Guinho não tem
como dar aulas de acordeom pelo fato de não conhecer as técnicas, ele aprendeu
de ouvir outros músicos tocando.
Em 2014 Guinho teve depressão profunda, mas com a
música ele superou a doença e durante toda vida a música sempre ajudou superar
problemas. “A música tem o poder de acalmar e me fazer sentir melhor, música
transforma a vida. Foi graças à música e minha fé em Deus que foi possível
superar esta terrível doença. Se as pessoas soubessem a força que a música tem,
todos tocariam algum instrumento ou cantariam, ela revigora, alegra, renova, da
vida nova”, finaliza Guinho.
Produção de texto: July Ioris
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