“Conhecendo o Artista como ele É”. MIRTES THERESINHA AZZOLINI

MIRTES THERESINHA AZZOLINI 61 ANOS DE CARREIRA NA MÚSICA

Mirtes Theresinha Azzolini nasceu em Encantado no RS no dia 20 de fevereiro de 1951. Filha de João Azzolini e Pierina Maria Frare Azzolini, casada com Constantino Bonaldo ela é mãe de Vlademir José e Aglaé Mirtes, avó Francielle Aglaé. Mirtes é cantora há 61 anos, locutora da rádio há 37 anos e atualmente faz parte do Clube da Viola.

Seu João e dona Pierina cantavam na Igreja quando moravam no Rio Grande do Sul, quando Mirtes tinha apenas dois anos de idade a família se mudou para Anchieta em SC e os pais continuaram cantando na Igreja da cidade. Mirtes ouvia as músicas no rádio e tinha muita facilidade para decorar, com apenas oito anos ela era convidada para cantar no alto-falante do cinema de Anchieta onde seus irmãos a acompanhavam tocando violão. Logo depois começaram a participar de serenatas e reuniões dançantes, Mirtes cantava sempre sem usar microfone.

Aos 12 anos de idade ela se apresentou pela primeira vez em um palco, seus irmãos tocavam e ela cantava ainda sem usar microfone, pois eles ainda não tinham instrumentos eletrônicos e os bailes eram iluminados por candeeiros e lampiões. “Era tudo muito diferente, as pessoas dançavam e levantava um poeirão eu seguia cantando a noite toda foi um tempo divertido e tivemos muitos momentos engraçados. Eu cantava durante horas e o povo ia dançando e no final da noite as aventuras continuavam para voltar para nossa cidade. Fatos curiosos como uma vez que voltávamos de um baile em Romelândia num Jeep e ficamos sem luz, fomos até Anchieta somente com a luz da lua”, lembra rindo Mirtes.

No ano de 1966, com 14 anos ela cantou pela primeira vez usando microfone, o conjunto passou a tocar com instrumentos eletrônicos. Nesta época ela conheceu o primeiro esposo, João Padilha que fazia parte do conjunto musical Los Apaches de Porto Alegre. Ela aprendeu muito de música com o esposo João. Ele acabou saindo grupo e foi tocar no conjunto dela, seu conjunto já tinha mudado de nome algumas vezes, primeiro foi “Mirtes e seu Conjunto” depois mudou para “The Mirtes Music” e na época da Jovem Guarda “Mirtes and Boys”, eles faziam bailes em todo sul do Brasil. No ano de 1967 ela foi coroada a Rainha do Clube Atlético Floresta de Anchieta SC.

Alguns anos depois pararam com o conjunto e se mudaram para Chopinzinho no Paraná, Mirtes começou a participar de festivais, cantou muitos festivais durante alguns anos e recebeu vários prêmios. Depois em 1980, já separada de João, ela foi morar no Verê e cantou com o Musical Os Quentes do Sudoeste. Na sequência recebeu o convite para cantar no grupo “Os mensageiros da Querência”, ela cantava todos os estilos de música de baile. Na década de 80 o grupo passou a se chamar “Mirtes e os Mensageiros”, na época conheceu Constantino. Eles se casaram e Constantino resolveu montar um conjunto para Mirtes “Musical 2001”, eles cantavam em festivais e participaram de muitos programas de televisão.

Em 1985 ela se mudou para Francisco Beltrão e logo começou a cantar na Rádio Educadora e continuava cantando em bailes. Em 1996 começou se apresentar junto Caludir Urbano nas Invernadas Artísticas do CTG Recordando os Pagos, eles cantavam pelos rodeios em todo o estado e a Invernada dançava, receberam muitos prêmios. Em 2010 passou a fazer parte do Clube da Viola e participaram de muitos eventos culturais cantando com o Clube. Paralelo aos bailes, Mirtes trabalha há 37 anos como locutora de rádio, é chamada carinhosamente como rainha do rádio, ela já está na Rádio Vale FM do Verê há 23 anos e agora atua também na Rádio Cidade de Francisco Beltrão.

Em 2012 teve a oportunidade de cantar no mesmo palco que “O Trio Parada Dura” para um público de 40 mil pessoas, abrindo o show deles na Expobel em Francisco Beltrão. Em 2014 ela teve a oportunidade de cantar na Igreja Matriz de Putinga que era distrito de Encantado, sua cidade natal, num encontro da Família Azzolini. “Eu não sei o que seria da minha vida sem a música, poucas pessoas sabem que eu sofri a vida toda de fortes enxaquecas, desde muito pequena, não pude estudar por causa da dor, porém sempre cantei, mesmo sentindo dores horríveis. A música me ajudou a superar as dores de cabeça e momentos difíceis da vida, ela me fez continuar. O amor que sinto pela música é algo muito emocionante, quando canto vivo intensamente a história daquela música.”, relata Mirtes.

Em 2015 veio o a realização de um grande sonho, seu CD com 22 sucessos inesquecíveis gravados pela voz de Mirtes, neste ano ela cantou no aniversário da cidade de Anchieta SC. Ela é autodidata, nunca fez aulas de canto e sempre teve muita facilidade de aprender ritmos e decorar letras, além disso, sempre se desafiou a aprender músicas novas e fazer belas apresentações nos palcos, costuma dizer que tudo que ela tem deve a música. “A música deu o sustento de minha família, com o dinheiro que ganhei comprei tudo o que eu precisava e sempre me vesti muito bem especialmente para subir nos palcos e me apresentar bonita para os meus fãs”, afirma Mirtes.

Ela diz que por mais que tenha sido comparada com muitas cantoras famosas nunca se inspirou em ninguém e sua motivação é o amor por sua arte. “A música é o alívio e o sofrimento dos apaixonados, ela nos faz sorrir e sofrer. Ela nos revela palavras que nossos lábios não podem falar, desperta o infinito. A música é a fala mágica que penetra nas fibras mais íntimas do nosso ser”, conclui Mirtes.

Produção de texto: July Ioris

Projeto Conhecendo o artista como ele é.

#EquipeCulturaFB







 



 

 














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